PADRE REGINALDO MANZOTTI (BOLETEM SEMANAL 30/12/2021)

Filhos e filhas,

 Estamos na oitava do Natal, ou seja, ainda estamos vivendo a alegria do nascimento do nosso Redentor. Deus vem ao encontro do seu povo, como profetizou Isaías: “Nasceu para nós um menino, um filho nos foi dado: sobre o seu ombro está o manto real, e ele se chama Conselheiro Maravilhoso, Deus Forte, Pai para sempre, Príncipe da Paz. Grande será o seu domínio, e a paz não terá fim” (Is 9,5-6a). 

 Nessa semana da virada, rezamos e pedimos ao Deus Menino que a paz não tenha fim em nosso lar e nosso coração. Porém, a paz não é apenas ausência de guerras. Claro que precisamos de paz nas ruas, paz entre as nações. Todos os dias nos chegam enxurradas de notícias de conflito entre povos, guerrilhas, brigas, violência no trânsito, violência de todo tipo, a vida humana não está valendo mais nada. 

 Mas nesta mensagem, me refiro especialmente à paz interior. Na ânsia pela paz muitos, na virada do ano, se vestirão de branco e farão simpatias; procurando a paz onde jamais a encontrarão, porque a paz que o mundo nos oferece é ilusória, é passageira. A verdadeira paz começa a existir do nosso encontro pessoal com Jesus, o ‘Príncipe da Paz’. 

 Ela brota dentro de cada um de nós, para depois exteriorizar-se, manifestar e se expandir em casa, na família, no ambiente de trabalho, nas ruas, nas cidades e no mundo.

 Ninguém é santo, ninguém é perfeito. Amamos e odiamos, erramos e acertamos, cometemos gestos bons e maus. A nossa fragilidade humana é marcada pelo pecado. Mas, Deus nos amou tanto que se compadeceu de nós, em Jesus assumiu nossa humanidade, assemelhou-se a nós em tudo, menos no pecado.

 E, porque Jesus veio a nós a paz tornou-se possível. Ele nos disse: “Eu deixo para vocês a paz, eu lhes dou a minha paz. A paz que eu dou para vocês não é a paz que o mundo dá. Não fiquem perturbados, nem tenham medo” (Jo 14,27). 

 O medo é um dos inimigos da paz, porque nos leva à insegurança, à desconfiança, a nos armarmos contra aqueles que pensamos ser ameaça para nós. Não digo que estejamos com armas de fogo, também não me refiro só à agressão física, fazemos de nossa língua uma arma mortal, espalhando fofoca e maledicência, “puxando o tapete”, mentindo e intimidando.

 A língua pode ter uma força de agressão violenta. Por isso, ao nos deixar a paz, Jesus nos recomendou que não tivéssemos medo. Por isso também, em seguida, Ele nos mandou amar-nos uns aos outros (cf. Jo 15,17). O medo separa, desequilibra e desune; o amor atrai, congrega, dá segurança e traz a paz. A mentira é outra inimiga da paz. 

A pessoa que pratica o mal não gosta de ver as coisas à luz da verdade, se esconde. Por isso quem faz o mal não gosta da luz. E Jesus é luz e quem caminha no mal, quem é mentiroso, desonesto, quem busca o pecado não quer a luz, prefere as trevas, as sombras, prefere fazer as coisas na surdina, nas fofocas, intrigas e promovendo as discórdias.

 Se não temos paz, além de não sermos felizes, deixamos os que estão próximos a nós infelizes, porque a luz irradia, mas o mal também irradia. Então, nessa semana da virada, escolhamos irradiar a luz, o bem. 

 É o que desejo a todos para 2022, que possamos irradiar a luz de Jesus para todos que andam nas trevas. 

 Deus abençoe,

 Padre Reginaldo Manzotti

PADRE REGINALDO MANZOTTI (boletim semanal)

Filhos e filhas,

No último domingo, dia 17, foi celebrado em toda a Igreja o Dia Mundial das Missões. A data nos renova um desafio: precisamos ser missionários, pois ainda existem muitas pessoas que não conhecem Jesus Cristo. Por isso, o Papa Francisco sempre ressalta a natureza missionária da Igreja e exorta todos os seus membros a sermos missionários. E por onde começar? Devemos começar a exercer a missão em nossas famílias. A primeira célula a ser objeto de nossa evangelização é a nossa família, depois nosso bairro e a partir daí as cidades até os confins do mundo. E quem nos dá esse exemplo é o próprio Jesus. Ele nasceu em Belém e morou em Nazaré. Porém, um dos lugares onde foi propagar sua Boa Nova foi em Cafarnaum, num entroncamento de grandes estradas.

Dentro dos seus recursos, Jesus foi anunciar o Evangelho onde a Boa Nova poderia “pegar a estrada”. Os Apóstolos seguiram o exemplo do Mestre. Pedro saiu de Cafarnaum, onde residia e procurou propagar a Palavra. Paulo saiu de Jerusalém e foi para a Grécia, teve coragem de ir ao areópago e proclamar o Evangelho mesmo que ninguém o escutasse, demonstrando que o mais importante é levar a Palavra e que evangelizar é questão de coragem. Não importa se seremos bem recebidos ou mal recebidos, se a Palavra frutificará hoje, amanhã ou nunca. Importa que ela seja semeada. E para semear é necessária perseverança, que vem da vigilância. Não podemos desanimar por não vermos resultados imediatos.

Devemos estar atentos aos frutos, pois o Senhor é quem os fecunda, o tempo é de Deus e não cabe a nós prever. Além de perseverar, devemos agir na gratuidade, não devemos nos sentir como servos inúteis. Façamos o bem, mesmo se formos incompreendidos, pois o que importa é a nossa firmeza, a nossa intenção. Coloquemo-nos em nosso lugar de missionários, evangelizadores do Senhor, dispostos a sermos sempre discípulos de nosso Mestre Jesus. Outro aspecto que devemos ressaltar é a disponibilidade. Nossa resposta não pode ser: amanhã eu vou, semana que vem eu vou, ou não sei, tenho tantas coisas para ajeitar.

É bom lembrar que os Apóstolos foram chamados por Jesus de forma rápida, não teve ‘’namoro’’ ou um conhecimento breve. Jesus passou, entrou na vida deles, olhou-os e disse: “Sigam-me”. E eles deixaram o modo como viviam, simplesmente largaram as redes e O seguiram. Não tiveram um seminário com Jesus, não tiveram um tempo que pudessem parar e pensar um pouquinho, fazer um discernimento e depois dar a resposta. Foi algo rápido e sumário. De um lado, os Evangelhos mostram a coragem destes apóstolos.

Do outro, mostram que Jesus, em três anos, fez com que morresse nos apóstolos o jeito antigo de viver e de pensar. Fez com que aqueles homens que tiveram a coragem, o desprendimento para segui-Lo, renascessem, recomeçassem, pensassem como Ele, sentissem como Ele. E se achamos que nada mais temos para oferecer, lembremos de Santa Teresinha do Menino Jesus, que entrou para vida religiosa com 15 anos, morreu com apenas 24 anos e se fez santa num convento que não tinha mais que 800 m². Foi declarada Padroeira das Missões sem nunca ter saído do convento, porque sua oração tinha realmente asas.

Lembremos que a Missão se faz com os pés dos que vão, com os joelhos dos que oram e com as mãos dos que contribuem.

Deus abençoe,

Pe. Reginaldo Manzotti

CERCO DE JERICÓ (PAROQUIA DE SÃO FRANCICO DAS CHAGAS -BACABAL - MA)

A Associação de São José participou das orações do Cerco de Jericó, em 04/09/2021, na capelinha do Centro Paroquial, no horário de 06:00h às 09:00h. Estavam presentes também o Grupo Apostolotado da oração e o Grupo da Acolhida. Esse Cerco foi realizado nas intenções para realização do Festejo de São Francisco das Chagas, nosso padroeiro, que teve incio em 09/09. Foi um momento de muita oração e de sintonia com Deus, pois confiamos plenamente no poder da oração, e é nessa intimidade e comunhão com Ele, que pedimos, suplicamos, agradecemos e louvamos pela sua misericórdia, justiça e graça.

PADRE REGINALDO MANZOTTI -boletim informativo(30/06/2021)

 

Filhos e filhas,

Podemos dizer que metade do ano já se foi. Daqui a pouco, estaremos nos preparando para o Natal e ano novo. E agora, nesta época, quero ressaltar a passagem do Evangelho de Lucas onde o Senhor Jesus, a pedido de seus discípulos, ensina a rezar.

É a única oração que o Senhor ensinou: “Um dia, Jesus estava rezando num certo lugar. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: ‘Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos.’ Jesus respondeu: ‘Quando rezardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. Dá-nos a cada dia o pão de que precisamos, e perdoa-nos os nossos pecados, pois nós também perdoamos a todos os nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação”’. (Lc 11,1-4)

É lindo pensar que Jesus o Mestre é o grande exemplo de oração! Jesus escolheu os doze para caminhar com Ele, dito que, mais pessoas, muitos discípulos simpatizantes, admiradores. Creio que, com certa frequência, todos eles percebiam a ausência do Mestre, para rezar, tanto que o evangelista diz que viram Jesus em oração!

Jesus tinha palavras sábias para se esquivar das armadilhas. Jesus tinha uma sabedoria que vinha do alto para poder se posicionar, porque saber se posicionar também é sabedoria de Deus! Jesus tinha uma estrutura interior capaz de não perder a paz. Mesmo quando acuado, agoniado, essa estrutura interior permanecia inabalável.

Não podemos esquecer que Jesus era homem. Verdadeiramente homem, verdadeiramente Deus. Mas, como homem tinha todos os anseios, emoções, sentimentos de amor e de raiva. Se Jesus era em tudo humano menos no pecado, Ele tinha sentimentos e tinha estrutura interior.

De onde vinha tudo isso? Certamente, os apóstolos viam um ato de recolhimento do Mestre e chegaram para Ele e pediram: “Senhor, conta-nos o teu segredo. Conta-nos como se mantém sereno? Ensina-nos a rezar!” Se eles pediram isso, significa que viram o resultado da oração.

Os apóstolos reconheciam que aquela integração interior e serenidade, que aquele posicionamento coerente, que aquela forma impoluta de Jesus se posicionar provinha de algo mais, e eles queriam ser tal qual Jesus. Então pedem: “Ensina-nos a rezar”.

Assim também nós deveríamos fazer. Mas, infelizmente, estabelecemos muitas prioridades, vivemos olhando para o relógio, tenho que fazer isso, olha no relógio, tenho que fazer aquilo. Mas, por que não temos o mesmo cronômetro para a oração? Acabamos nos tornando pessoas desintegradas, desequilibradas até! Pessoas rabugentas e revoltadas, por falta de oração.

E, muitas vezes, quando rezamos, cometemos um grave erro, pois nas orações vamos atropelando tudo. Queremos nos concentrar, queremos falar. A oração tem métodos, por isso se observarmos, o Pai-Nosso começa com louvação, petição e submissão. Submissão no sentido positivo da palavra.

Acreditem, nós seríamos pessoas melhores se rezássemos mais, se meditássemos mais a Palavra de Deus, se fizéssemos a vontade do Pai. Seríamos pessoas mais equilibradas, mais centradas, mais serenas, mais sábias, mais santas e mais perfeitas.

Que Deus nos dê a graça de sermos pessoas de oração! E que tenhamos a consciência de que, sem oração não chegaremos nem no fim do ano...

Deus abençoe,

Padre Reginaldo Manzotti

PADRE REGINALDO MANZOTTI (informativo semanal 24/06/2021)

 

Filhos e filhas,

Celebramos a Natividade de São João Batista nesta quinta-feira, dia 24. Tratei sobre esse assunto no meu artigo semanal do portal Aleteia e se você ainda não leu, convido a fazê-lo. Por isso, aqui gostaria de tratar de duas virtudes que o próprio Jesus nos recomenda a aprender: mansidão e humildade.

“Vinde a mim todos vós que estais cansados e oprimidos, e eu os aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para o vosso espírito. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11,28-30).

Se o Coração de Jesus é manso e humilde, o nosso também deve ser. Esforcemo-nos para aprender e viver a mansidão e a humildade do Coração de Jesus Cristo. Essa humildade que é uma virtude moral. Podemos nascer com ela, mas ela pode ser trabalhada, buscada e aperfeiçoada.

Segundo Santa Teresa D’Avila, ser humilde é andar com a verdade. Deus é a verdade, então humildade é a busca da verdade, é andar na presença de Deus. Essa virtude nos coloca a serviço, numa atitude de alegria, e, não em busca de honras, mas também não nos deixa afetar pelas desonras. Se não buscamos a humilde, nos tornamos soberbos, deixando nossa alma mesquinha, apegada a coisas pequenas e nos julgando autossuficientes, além de considerar tudo como mérito próprio e negar que somos necessitados de Deus.

O primeiro princípio para exercitar a humildade é olhar para nossos valores e atribuí-los à graça de Deus. O segundo é nos colocar diante de Deus, numa atitude de filho, de criança confiante. O terceiro é despertar em nós a mansidão, porque a humildade vem com a mansidão, e a mansidão estimula a humildade. Estas virtudes estão sempre acompanhadas uma da outra. Se trabalhamos a mansidão, a humildade aparece.

A mansidão age na vontade, na sensibilidade e se exterioriza nas palavras, gestos e maneira de ser. A virtude da mansidão não caminha sozinha, ela vem com a paciência, com a fortaleza e principalmente com a caridade. O exercício da mansidão nos cala na hora da ira, mantém nossa alma serena e com brandura, mas não significa aceitar um erro fechando os olhos para o que está errado.

A mansidão e humildade nos levam a Deus. A mansidão e paciência nos levam ao próximo. A mansidão nos leva a fé, a doçura, a gentileza e a afabilidade. A mansidão e a humildade passam pelos nossos relacionamentos com o próximo e devem ser usadas em relação às nossas próprias fraquezas, ao conhecimento de nossas fragilidades e nos levar a agir com misericórdia.

Na semana das 24 Horas em Oração na Presença do Senhor, ainda com restrição de público, peçamos essas duas virtudes, rezando: Jesus Manso e humilde de coração fazei o nosso coração semelhante ao Vosso!

Deus abençoe,

Padre Reginaldo Manzotti

Padre Reginal Manzotti (boletim informativo semanal - 16/06/2021)

 

Filhos e filhas,

Já estamos no meio do ano de 2021, vivendo a mais de um ano um marco na história. Essa época nos faz valorizar a fé que recebemos, seja da nossa família ou de outra fonte. Devemos ser gratos, pois é agora que nossa fé nos sustenta – e o encontro com Jesus nunca foi tão importante.

Um encontro capaz de nos curar e transformar nossas vidas. O relacionamento com Jesus cura a visão da nossa própria existência, que acaba adquirindo um novo sentido. Quem faz essa experiência do “encontro” fica tão preenchido de Jesus que não consegue reter só para si a graça, a alma e o coração curado, que se torna um coração evangelizador.

Jesus não nos força a nada, não arromba nosso coração. Mas, quando damos pelo menos uma brechinha, Ele entra lentamente em nossa vida e realiza maravilhas. Quando percebemos, já não conseguiremos viver sem Ele, pois todo nosso ser é tomado por Ele. E essa experiência do Seu amor e da Sua presença é que nos leva à mudança.

Passamos a querer imitar o Mestre, tentar agir como Ele, tentar ver as coisas e as pessoas com o olhar semelhante ao Dele e vamos descobrindo o verdadeiro sentido da nossa vida. Seguir Jesus requer autenticidade e fidelidade, a Ele ninguém engana, pois Ele conhece os nossos pensamentos e sentimentos. Quando pensamos em procurá-Lo, Ele já nos encontrou.

Só encontramos nossa felicidade, nossa vida plena em Jesus Cristo. Não adianta buscar em outro lugar ou pessoa. Santo Agostinho compreendeu isto e lamentava: “Tarde Te amei... Eu poderia ter encontrado esta felicidade antes”. Podemos encontrar Jesus e não ser mais um serviçal, ser como Ele mesmo nos chamou “amigos”. Ninguém é servo de Jesus. Somos amigos e foi Ele quem nos autorizou e confirmou esta amizade (cf. Jo 15,15). Essa experiência pessoal com Jesus é fundamental e é essa experiência que traz a alegria de Deus.

Você já foi olhado por Jesus? Ou melhor, você já olhou nos olhos de Jesus, quando está diante do Santíssimo? Isso é de um valor incomensurável, se ajoelhar em frente do Sacrário e fazer como Santa Teresinha de Lisieux, “Jesus, tua menina chegou, tua menina está aqui”, Não precisa rezar, somente se colocar sob o olhar de Jesus. Se sentir vontade de chorar, chore. Se sentir vontade de cantar, cante. Se não sentir vontade de fazer nada, não faça. Apenas saber que está sob o olhar de Jesus basta.

Jesus nos olha com amor (cf. Mc 10,21). Você já sentiu esse olhar de Jesus que diz: “Eu te amo!”? Esse olhar de Jesus muda toda a nossa vida e nos leva a uma experiência de amor tão grande que nos faz nos apaixonar por Ele a ponto de afirmar: “Jesus é meu amado, é a razão da minha vida!”

Deus abençoe,

Padre Reginaldo Manzotti


Padre Reginaldo Manzotti - boletim informativo semanal

 

Filhos e Filhas,

Estamos no mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus. Tenho enfatizado que toda devoção não pode ser estéril, não deve ser reduzida apenas ao ritualismo, mas sim conduzir os fiéis a um discipulado amoroso com Deus. Logo, se queremos ser discípulos missionários de Jesus, devemos procurar ter um coração semelhante ao Dele.

Pio XII salienta que é o próprio Jesus quem toma a iniciativa de nos apresentar ao Seu Coração como fonte de restauração e paz ao afirmar: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e oprimidos, e eu os aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para o vosso espírito. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11, 28-30).

Então, se o Coração de Jesus é manso e humilde, o nosso também deve ser. Busquemos viver como Ele, amando como Ele, pautando nossa vida nos Seus valores, que são ensinados no Evangelho. No coração de Jesus, não cabe amargura, não cabe ódio. No coração de Jesus não cabem mágoas, intrigas, discórdias e desavenças.

Na Última Ceia, João, o discípulo amado, fez a experiência do Sagrado Coração de Jesus ao reclinar-se sobre o peito do Senhor. Mais tarde. o próprio João, diante da cruz, apresenta o Coração de Jesus transpassado pela lança do soldado do qual jorrou Sangue e Água (Jo 19, 34-37). Ali, se cumpre a profecia de Zacarias: “Olharão para aquele que transpassaram” (Zc 12, 19) e começa a devoção ao Sagrado Coração de Jesus.

Porém, esse Coração foi esquecido pelos homens, até no ano de 1675, durante a oitava da Festa de Corpus Christi. Foi quando Jesus faz para Margarida Maria Alacoque, a chamada Grande Revelação:

Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar seu amor. Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, pelas suas irreverências, sacrilégios, e pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia.

Entretanto, o que Me é mais sensível é que há corações consagrados que agem assim. Por isto te peço que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa particular para honrar Meu Coração, comungando neste dia, e O reparando pelos insultos que recebeu durante o tempo em que foi exposto sobre os altares”.

Prometo-te que Meu Coração se dilatará para derramar os influxos de Seu amor divino sobre aqueles que Lhe prestarem esta honra”.

Coloquemos nossas esperanças e confianças no Sagrado Coração de Jesus, que é fonte de misericórdia e cura.

Jesus Manso e humilde de Coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso!

Deus abençoe,

Padre Reginaldo Manzotti

Pe. Reginaldo Manzotti | Boletim Informativo - 02 de junho 2021

Filhos e filhas,

Tomai e comei, isto é o Meu corpo. Tomai e bebei, todos vós, isto é o Meu sangue. O sangue da aliança, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados” (Mt 26, 26-27)

Em nenhum versículo da Sagrada Escritura, a Eucaristia é apresentada como um mero “símbolo” do corpo de Cristo. Na verdade, nela está presente o próprio Cristo: corpo, sangue, alma e divindade. Essa é a verdadeira doutrina sobre a Eucaristia ensinada por Cristo e pelos apóstolos, até porque se a Eucaristia fosse apenas um “símbolo”, uma “lembrança”, ela não poderia se constituir num alimento para a vida eterna.

A Eucaristia sempre foi considerada o “Sacramento da Igreja”, estando no centro da vida paroquial e da comunidade que dela participa. Não se edifica uma comunidade se esta não tiver sua raiz e seu centro na Eucaristia, lembra o Concílio Vaticano II (Presbyterorum Ordinis 6).

Nosso Senhor Jesus instituiu a Eucaristia na noite em que foi entregue aos soldados romanos, enquanto ceava com os apóstolos. Inaugurou o rito eucarístico, oferecendo aos apóstolos o sacramento do pão e do vinho, Seu próprio corpo e sangue em comida e bebida, e mandando que fizessem o mesmo em Sua memória. Portanto, delegou o poder de realização deste sacramento até o Seu retorno.

São João Paulo II assim falou sobre a Eucaristia: “Debaixo das aparências do pão e do vinho consagrados, permanece conosco o mesmo Jesus dos Evangelhos, que os discípulos encontraram e seguiram, viram crucificado e ressuscitado, cujas chagas Tomé tocou, prostrando-se em adoração e exclamando: ‘Meu Senhor e meu Deus’”.

Desde a Quinta-feira Santa de 2017, Deus tem colocado em meu coração uma necessidade de valorizarmos ainda mais Jesus Sacramentado. Nós, católicos, temos o privilégio de podermos adorar a Jesus. Mas, tenho ressaltado que esse privilégio também nos dá a responsabilidade de mostrar o real valor da Eucaristia.

Olhar para Jesus no Sacramento do Altar é ter a consciência de que somos amados por Deus e reconhecer os sinais desse amor presentes nos acontecimentos da nossa vida, em todos os pontos e vírgulas da nossa história.

Fazer uma experiência da presença real de Jesus é também amá-Lo e verificar se nosso coração está inteiro n’Ele ou dividido. É descobrir onde deixamos cada pedaço do nosso coração e pedir que o Espírito Santo revele qual parte dele não pertence ao Senhor.

É deixarmo-nos forjar no fogo do Espírito Santo, para que os pedaços do nosso coração sejam fundidos como uma única peça, uma única joia, a qual não mais se separe em pedaços e pertença inteiramente ao Senhor, um coração adorador.

Termino essa mensagem com uma das orações ensinadas pelo anjo em Fátima, aos três pastorinhos: Lúcia, Jacinta e Francisco, que creio ser próprio de um coração adorador:

Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço Vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam.” Amém

Deus abençoe,

Padre Reginaldo Manzotti


 

PADRE REGINALDO MANZOTTI (boletim semanal 26/05/2021)

 Filhos e filhas,

Nós poderíamos perguntar: qual a identidade de um católico? Em nossa vida civil, o que nos identifica como cidadãos é a nossa Carteira de Identidade, popularmente conhecida como RG, além do CPF. Onde quer que vamos, é o primeiro documento solicitado.

E como católicos, qual é a nossa identidade? Alguns podem pensar que é a devoção à Nossa Senhora. Errado! Isso é consequência. De fato, temos devoção a Nossa Senhora e a consideramos como nossa Mãe e intercessora junto a Jesus. Neste mês dedicado a ela, a Mãe de todas as mães, lembramos que amor a Nossa Senhora é algo que caminha conosco, mas não é a nossa identidade.

Nossa identidade de católicos é a Santíssima Trindade. Nenhum católico começa uma oração, uma espiritualidade, uma adoração ou a Santa Missa sem invocar a Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo, fazendo o sinal da Cruz.

Não entendo como alguém pode negar a existência da Santíssima Trindade, sendo Jesus foi muito claro: “Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês. Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo” (Mateus 28,19-20).

Pois bem, é bíblico! Tanto que em nosso Batismo, seja por imersão, como era antigamente, ou como nós fazemos hoje, por ablução – que consiste em derramar um pouco de água sobre a cabeça da criança ou do catequizando candidato ao Batismo –, o fazemos não em nome só de Jesus ou só do Espírito Santo. Um Batismo assim não seria válido. Batizamos seguindo o que nos pede Jesus: “Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Logo, nossa identidade não foi tirada do nada.

Não é fácil compreender o mistério da Santíssima Trindade. Porém, não podemos deixar de buscar e podemos aprender com Santo Agostinho, que assim se expressou em um de seus sermões: “Sabeis, irmãos, que naquela invisível e incorruptível Trindade, que nossa fé retém e que a Igreja Católica prega, Deus Pai não é “Pai” do Espírito Santo, mas do Filho; e Deus Filho não é “Filho” do Espírito Santo, mas do Pai; enfim, Deus Espírito Santo não é “Espírito” apenas do Pai nem apenas do Filho, mas do Pai e do Filho. E que essa Trindade, embora mantida a propriedade e a subsistência de cada uma das pessoas, não congrega três deuses, mas, em razão de sua única e inseparável essência ou natureza de eternidade, verdade e bondade, é o único Deus” e finaliza o grande Doutor da Igreja: “O Pai é, portanto, origem veraz para o Filho verdade; o Filho é a verdade nascida do Pai veraz; e o Espírito Santo é a bondade derramada pelo Pai bom e pelo Filho bom; comum aos três é a igual divindade e a inseparável unidade”. (Trechos do Sermão 71,12, 18. Trad. de Luciano Rouanet, oar)

Nós precisamos da Santíssima Trindade. Precisamos para a criação, precisamos para a nossa redenção, pois sem Jesus nós terminaríamos no cemitério. E precisamos do Espírito Santo para nos santificar, porque nós somos teimosos e fracos. Precisamos, em nossas vidas, dessas ações de Deus que é Uno e Trino.

Portanto, celebrar a Santíssima Trindade é celebrar o Pai Criador, o Filho Redentor e o Espírito santificador. Nós somos convidados a clamar: “Pai, eu fui criado, e recriado pela graça da redenção do Teu Filho. Eu creio nisso, mas preciso mais, então dai-me o Teu Espírito Santificador. Dá-me o Teu Espírito consolador, que vem em auxílio das minhas fraquezas. Aquele que vem me defender do mal. Aquele que vem afugentar o Inimigo. Vem Espírito Santo, vem com Seu poder”.

Termino dizendo que negar a doutrina da Santíssima Trindade é rejeitar todo plano de Deus, para nossa redenção e salvação.

Que a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vocês”. (1Cor 13,13)

Padre Reginaldo Manzotti


5 coisas que todo católico deve saber sobre o Espírito Santo

 https://www.acidigital.com/noticias/5-coisas-que-todo-catolico-deve-saber-sobre-o-espirito-santo-77989

Papa Francisco: Ascensão nos convoca a ‘olhar além das coisas terrenas’

Papa Francisco: Ascensão nos convoca a ‘olhar além das coisas terrenas’ 

PADRE REGINALDO MANZOTTI - boletim informativo(17 a 21/05/2021)

 

Filhos e filhas,

A Igreja nasceu e se sustenta sob a força do Espírito Santo. Contemplo o Cristo que volta para o Pai, Glorioso, como diz o Salmo: “Por entre aclamações Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta. Está sentado no seu trono glorioso” (Sl 42,6.9).

Penso como Deus confia na humanidade e penso que é só pelo Espírito Santo, não tem outra razão, outra explicação. Vejamos: Deus se encarnou e os homens O colocaram numa estrebaria. Ele andou entre nós fazendo o bem por trinta anos de forma mais reservada, três anos explicitamente e o ser humano O fez parar numa cruz. Sozinho, na fidelidade plena, no amor e na obediência ao Pai foi morto, mas ressuscitou pela graça de Deus, na sua força intrínseca. Ele venceu o pecado, sem nenhum auxílio humano.

Verdadeiramente morto pelas mãos humanas, verdadeiramente vivo pela força de Deus, a vitória é Dele. Lucas nos fala que depois de sua Paixão, Ele se mostrou vivo, ressurreto e, durante quarenta dias, apareceu falando do Reino de Deus. E o mais impressionante é que precisou dar provas da Sua ressurreição (cf. At 1,3).

Jesus não precisava mostrar que Ele era Glorioso. Apareceu para dar provas de que estava vivo, mostrou as mãos, os pés e deixou-se apalpar para que vissem que tinha carne e ossos, além de comer com os Apóstolos para mostrar que não era um espírito (cf. Lc 24,35,42).

Impressionante que a Igreja começa a contar isso logo no início, nos quarenta dias. E o Espírito Santo é o único recurso para que nós, como cristãos, como Igreja, possamos ser depósitos dessa vitória. Os Atos dos Apóstolos diz que, depois de aparecer durante quarenta dias, se deparam com o Cristo subindo aos céus. A impressão que eu tenho é que os Apóstolos ainda ficaram lá embaixo pedindo: “Senhor não vá! Fica, que a gente não sabe o que fazer”.

Aquilo que os anjos disseram foi mais ou menos por causa disso: “Homens da Galileia, por que ficais aqui, parados, olhando para o céu? Esse Jesus que vos foi levado para o céu, virá do mesmo modo como o vistes partir para o céu” (At 1,10). Esta afirmação confirma: chegou o tempo da missão, nada de ficar olhando o infinito, de braços cruzados. A missão de Jesus continua através da ação dos discípulos.

A missão está em mim e em você. O Senhor perscruta os corações. Ele sabia o que tinha no coração de Pedro, de Judas e de todos que gritavam: “Crucifica-o”. Mas o Senhor confiou. O capitulo 1, versículos de 1 a 11, dos Atos dos Apóstolos é um ato de fé que o Senhor tem nos homens.

Por isso, o derramamento do Espírito fortalece o que é fraco, dá vigor ao abatido, dá ânimo ao desanimado, porque o Senhor olha e diz, vocês são meus. Já conquistei, já fui vitorioso, vivam da Minha vitória.

Vinde Espírito Santo!

Deus abençoe,

Padre Reginaldo Manzotti


PADRE REGINALDO MANZOTTI - BOLETIM INFORMATIVO SEMANAL(10 a 15/05 de 2021)

Filhos e Filhas

 Nesta quinta-feira, dia 13, iremos celebrar 104 anos da primeira aparição de Nossa Senhora de Fátima aos 3 Pastosinhos. Vale lembrar que Jesus é a plena revelação, nada mais pode ser acrescentado. Mas, por sua infinita misericórdia, Deus permite que Nossa Senhora oriente seus filhos para o caminho do céu. Explico bem sobre isso no vídeo sobre o Segredo de Fátima, que vai ao ar no meu canal do YouTube às 20h.

“Não tenhais medo, não vos faço mal. Sou do céu.”

Com estas palavras iniciais, Nossa Senhora interfere na história humana para, em um ambiente de guerra, trazer mensagens de Paz e salvação. Já em sua saudação, repete o que seu Filho tantas vezes repetiu de forma insistente: “Não tenhais medo” (Mt 14, 27).

De todas as aparições, está foi a que Maria mais falou e aconselhou, além de ser a aparição que mais se tem registros e escritos, isto devido também ao fato de ser recente, em 1917, e pelo fato de ter os desígnios de Deus, permitido que Lúcia vivesse tantos anos entre nós. Sua morte aconteceu no dia 13 de fevereiro de 2005, como idosa monja Carmelita enclausurada.

Em Fátima, Portugal, Maria falou do céu e do inferno como uma realidade indiscutível. Jesus já havia falado “Eu voltarei para o Pai e vos prepararei um lugar” (Jo 14, 2-3). Fala do céu à Jacinta como um sim e à Francisco como condição de seu muito rezar o terço. À Lúcia, garante o céu após muitas tribulações. Fala do inferno numa prece que brota de seus próprios lábios e coração materno.

Quando hoje para muitos o céu e o inferno são tidos como uma fantasia, fruto de discursos inflamados de pregadores alienados, somos instigados por Maria, na aparição em Fátima, a buscar o céu como uma realidade dos bem-aventurados e a romper com todo e qualquer pacto com o Inimigo de Deus.

Em Fátima, Maria fala de Paz, em particular o fim da 1ª Guerra Mundial. Mas, em um contexto atual, exorta que os conflitos e verdadeiras guerrilhas rurais, urbanas, familiares e pessoais serão pacificadas quando no coração humano pulsar os sentimentos do Sagrado Coração de Jesus e do Imaculado Coração de Maria.

Nossa Senhora de Fátima prenunciou a queda dos muros que dividiam nações e nos apresenta um desafio continuo para um empenho pessoal de construir pontes em situações de abismos.

Na última aparição em Fátima, Nossa Senhora traz o Menino Jesus e, quando se despede, insiste veementemente na recitação do terço.

O sol estremece mediante as bênçãos que são derramadas sobre o mundo por intercessão de Maria, pelo próprio Jesus Cristo Senhor Nosso.

Fico a refletir que se até o sol (astro maior) se abala diante das bênçãos de Deus, quanto mais nossas frágeis vidas e nosso mísero coração.

Nesta aparição, há algo muito importante a ser destacado: Maria não só insistiu na necessidade de rezar, mas também ensinou uma oração que posteriormente foi incorporada na recitação do terço. Disse Maria, em Fátima:

“Quereis aprender uma oração? Quando rezais o terço, dizei em cada mistério: Oh! Meu Jesus, perdoai-nos, Livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente as que mais precisarem. Amém!”

Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós.

Deus abençoe,

Padre Reginaldo Manzotti

Pe. Reginaldo Manzotti - Boletim Informativo - 24 de fevereiro

 

Filhos e filhas,

Deus amou de tal forma o mundo que lhe deu seu Filho único, para que tudo o que n’Ele creia não pereça, mas tenha a vida eterna (cf. Jo 3,16). Nós amamos porque Deus nos amou primeiro (cf. 1Jo 4,19). Somos constantemente perdoados por Deus, que nos amou primeiro. E, porque somos perdoados e amados por Deus, devemos também perdoar.

Mas qual a medida do perdão? Pedro chega para Jesus e faz essa pergunta: Senhor, quantas vezes devo perdoar? (cf. Mt 18,21). E é impressionante que Pedro faz a pergunta e nem espera, ele mesmo sugere: “Até sete vezes?” (Mt 18,19,21). Como ele foi afobado na resposta e mostrou que ele não compreendeu o mestre porque Jesus disse: “Oh! Pedro! Não sete, mas setenta vezes sete, isto é, sempre! (cf. Mt 18,22).

É impressionante perceber isso, porque se trata de perdoar muitas vezes a mesma pessoa, às vezes nos mesmos erros, nos mesmos equívocos. Isso significa tolerância, isso significa misericórdia. Mas isso exige força de vontade e empenho, porque geralmente se trata de pessoas mais próximas.

Primeiramente, porque as atitudes de terceiros não nos causam tanto sofrimento e decepção quanto aquelas de quem queremos bem e, por essa razão, não esperamos receber tratamento hostil ou deliberadamente prejudicial. Em segundo lugar, porque, muitas vezes nesse caso, o perdão exige reconstruir a confiança, a convivência e o próprio relacionamento.

Sem querer ser egoísta ou estimular o egoísmo, mas ao perdoar não nos preocupemos se o outro vai mudar. Não nos preocupemos com os efeitos que o nosso perdão vai causar, se vai trazer a pessoa de volta, se vai restaurar a amizade ou se ela também vai nos perdoar.

A reconciliação é uma consequência do perdão que nem sempre acontece. Se o amor para ser vivido precisa ser recíproco, o perdão pode ser unilateral. Ou seja, não significa que o outro tenha que nos perdoar, significa que nós vamos perdoar! É diferente.

O perdão deve ser algo gratuito, unilateral. Não se deve estabelecer condições para o perdão. Deus não age assim conosco, pois por mais egoístas, miseráveis e pecadores que sejamos, Ele nos perdoará sempre.

Aproveito para salientar que a Quaresma é por excelência o tempo propício à conversão e reconciliação com Deus. Importante sempre, o Sacramento da Reconciliação tem um apelo muito forte neste tempo, convidando-nos a fazer a experiência da misericórdia divina através do perdão.

A confissão apaga completamente os pecados, mesmo os mortais, e concede a graça santificante. Aumenta os méritos diante do Criador e permite desenvolver todas as virtudes, além de proporcionar tranquilidade de consciência, alívio das mágoas e consolo espiritual.

Somente perdoa quem entendeu o valor do perdão recebido de Deus. Quanto mais uma pessoa vive a experiência desse amor e perdão, maior é a sua capacidade de perdoar. O perdão cura, liberta e propicia crescimento pessoal e espiritual.

Deus abençoe,

Padre Reginaldo Manzotti


Reinício das atividades do grupo Associação de São José no ano de 2021

 

          O grupo da Associação de São José da paróquia de São Francisco das Chagas, depois de quase um sem se reunir presencialmente, reiniciou suas atividades no dia 07 de fevereiro de 2021, no auditório do Centro Paroquial, ás 15:00. Foi um momento de orações como de costume, além de informes referente as atividades previstas para serem realizadas durante esse ano. Entre os informes, foi abordado a realização da novena de São José, que será  no período de 10 a 18/03/2021.

        Como o nosso grupo é composto por pessoas da 3º idade, estamos muito cautelosos com realização dos eventos durante esse ano. Sabemos que o papa Francisco institui esse ano como ano Josefino em comemoração aos 150 anos da proclamação de São José como guardião universal da Igreja, pelo Papa Pio IX. Embora a coordenação tenha preparado momentos para aprofundar sobre a vida do nosso patrono “São José”, ainda não sabemos se vai ser possível realizar todos. Pedimos a proteção de São José para que a pandemia acabe e possamos seguir em frente, se Deus quiser!

São José, rogai e intercedei por nós e por todo humanidade!

"Só nos resta implorar, de São José, a graça das graças: a nossa conversão.
Dirijamos-lhe a nossa oração:


Salve, guardião do Redentor
e esposo da Virgem Maria!
A vós, Deus confiou o seu Filho;
em vós, Maria depositou a sua confiança;
convosco, Cristo tornou-Se homem.
Ó Bem-aventurado José, mostrai-vos pai também para nós
e guiai-nos no caminho da vida.
Alcançai-nos graça, misericórdia e coragem,
e defendei-nos de todo o mal. Amem."

(Oração tirada da Carta Apostólica Patris Corde do papa Francisco por ocasião do 150º aniversário da Declaração de São José como padroeiro universal da igreja)


 

PROGRAMAÇÃO DAS ATIVIDADES A SEREM REALIZADAS PELO GRUPO DA ASSOCIAÇÃO DE SÃO JOSÉ DURANTE O ANO DE 2021

  • Encontros do grupo no primeiro domingo de cada mês, a partir da 15:00h, na capelinha do Centro Paroquial;

  • Toda quarta-feira, a partir das 17:30h, realização do terço abençoado de São José, em virtude do ano consagrado a São José pelo Papa Francisco por ocasião do 150º aniversário da Declaração de São José como padroeiro Universal da Igreja feita pelo Beato Pio IX a 8 de dezembro de 1870, as orações serão direcionadas ao tema, principalmente pelas vocações sacerdotais e religiosas e pela perseveranças dos padres, freiras, seminaristas, diáconos e leigos, pois a messe é grande e poucos são os operários(na capelinha do Centro Paroquial);

  • Novena de São José (10 a 19/03/2021 na capelinha do Centro Paroquial) a partir das 17:30h, mas sexta feira inciará as 16:30h com a via sacra vocacional;

  • Durante o mês de março, estamos programando para rezarmos todos os dias oficio de São José, e a oração das sete dores e alegrais de São José. (horario a combinar com o grupo, de forma online), em intenção da igreja de Cristo;

  • Todo dia 19 de cada mês, esta sendo programado a partir do mês de abril, continuarmos com a oração do oficio e a oração das sete dores e alegrias de São José em intenção as fámilias:

  • Tríduo de São José (28 a 30/04/2021) na capelinha do Centro Paroquial, iniciando todos os dias ás 17:30h. No dia 1º de maio será a cominância do tríduo às 8:00h, também na capela do Centro Paroquial, e logo a após um lanche patilhado;

  • Primeiro Encontro Espiritual (maio/2021, no salão do Centro Paroquial), a data e horário a combinar;

  • Segundo encontro Espiritual ( Agosto/2017, no salão do Centro Paroquial), data e horário a combinar;

  • Orações nas casas dos Associados pela Vocações (Agosto/2021), ou no centro paroquial sempre na sexta feira se a pandemia(se for no centro paroquial, iniciárá sempre as 16:00h;)

  • Terceiro encontro Espiritual (Setembro/2021, no salão do Centro Paroquial). Data e horário a combinar.(referente a importância da leitura da Biblia)

  • Novena Missionária (Outubro/2021, na capelinha do Centro Paroquial). O horário e os dias da novena a combinar:

  • Quarto encontro Espiritual (Novembro/2021, no salão do Centro Paroquial), com data e horário a combinar;

  • Encontros sobre a importância do Dízimo (Novembro/2021, no salão do Centro Paroquial), com data e horário a combinar;

  • Novena Natal em Família , dezembro/2021, na capelinha do Centro Paroquial ou na casa dos associados que estão com problema de saúde e estão impedidos de participarem dos encontros mensais com o grupo;

    Confraternização(Dezembro/2021, no salão do Centro Paroquial). Data e horário a combinar;

  • Dependendo da necessidade, as datas poderão ser alteradas.




Pe. Reginaldo Manzotti | Boletim Informativo - 27 de janeiro

 

Filhos e filhas,


A fé é um dom gratuito de Deus, oferecido a todos os homens, sem exceção. Chamamos de dons infusos a fé, a esperança e a caridade.

A fé é como uma semente. Quando nascemos, Deus planta em nós a semente da fé e nós nascemos com esta semente. É uma semente em potencial, que ainda não é ato, mas compete a nós darmos condições materiais para que a fé cresça.  Ou seja, a fé é dom de Deus que não nasce separadamente da vontade humana, porque ninguém acredita se não quiser. Também ninguém acredita sem que Deus o permita.

A fé precisa ser estimulada, precisa ser exercitada e para isso, requer algumas atitudes importantes. Podemos tomar como exemplo o dom de tocar violão. A pessoa tem o dom mas precisa treinar, estudar e exercitar.

Para exercitar a fé precisamos ter caridade, pois a fé cresce na prática da caridade. Outro exercício fundamental é a vivência sacramental. Buscar os sacramentos da confissão e da comunhão, mesmo que não tenha vontade e não o faça por sentimento.

Santa Teresa D’Ávila ensinava que quando se tem vontade de ir à missa, vai. Mas, se no domingo seguinte não se tem, não se deve deixar de ir, porque é justamente quando se vai sem ter vontade, que se vai pela fé. É o mesmo com a oração: quando se reza sem vontade, sem prazer, se age pela fé e o valor desta oração é dobrado. Não é uma questão de sentir prazer, sentir vontade, é uma questão de atitude. Não podemos reduzir a fé ao sensacionalismo, ao sentimento de estar com vontade ou não.

E por fim, mas não menos importante, quem deseja exercitar a fé deve realizar com constância a leitura da palavra de Deus. A fé unida a inteligência e a razão voa com maior facilidade. Voltemos ao exemplo do dom da música, se não exercitamos os dedos, a memória auditiva e a habilidade, nós perdemos este dom, pois não o desenvolvemos. Assim também é com a fé.

Gostaria de salientar que Jesus não menciona se há oração fraca ou forte, porém Jesus diz: “Tudo que pedirdes com fé na oração, vós o alcançareis” (Mt 21, 22). A fé, dom de Deus, deve crescer a cada dia em nós.

Grande ou pequenina como um grão de mostarda, mas capaz de transportar montanhas (Mt 17, 20), mais preciosa que o ouro segundo São Pedro (1Pd 1, 7) a fé exige uma verdadeira pessoal e intransferível experiência com Jesus Cristo. Pessoal e intransferível porque cada discípulo terá que fazer a sua.

A partir dessa experiência com Jesus Cristo, a fé nos compromete a realizar, momento a momento, o que Deus espera de nós.

Fé é acreditar no que você não vê; a recompensa da fé é ver o que você acredita” (Santo Agostinho).

Deus abençoe,

Padre Reginaldo Manzotti