PADRE REGINALDO MANZOTTI(boletim infirmativo-26/01/2022)

 

Filhos e filhas,

A misericórdia de Deus, que nos vem das Santas Chagas de Jesus, não tem limites. Ela alcança todos os pecadores, como fez com São Paulo, que celebramos sua conversão na terça-feira, dia 25/01.

Esse Apóstolo testemunha:

Dou graças Àquele que me confortou, a Jesus Cristo, Nosso Senhor, porque me julgou digno de confiança, chamando-me ao ministério, embora eu fosse outrora blasfemo, perseguidor e injuriador. Mas alcancei misericórdia porque, não tendo ainda a fé, procedia por ignorância. E a graça de Nosso Senhor superabundou com a fé e a caridade que está em Cristo” (1Tm 1, 12-14).

Então tudo é perdoado. Porém, Jesus nos fala: “É por isso que eu digo a vocês: todo pecado e blasfêmia será perdoado aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Quem disser alguma coisa contra o Filho do Homem, será perdoado. Mas quem disser algo contra o Espírito Santo, nunca será perdoado, nem neste mundo, nem no mundo que há de vir”. (Mt 12,31-32).

Mas, o que é afinal o pecado contra o Espírito Santo? No §1864 o Catecismo da Igreja explica:

Aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não terá remissão para sempre. Pelo contrário, é culpado de um pecado eterno” (Mc 3,29). A misericórdia de Deus não tem limites, mas quem se recusa deliberadamente a acolher a misericórdia de Deus pelo arrependimento, rejeita o perdão de seus pecados e a salvação oferecida pelo Espírito Santo. Semelhante endurecimento pode levar à impenitência final e à perdição eterna”. (CIC 1864)

Portanto, o pecado contra o Espírito Santo é o endurecimento do coração. Não que a misericórdia de Deus seja insuficiente para amolecer esse coração empedernido, mas é a pessoa que não se abre para acolher o perdão e a misericórdia de Deus. É o caso do pecador que não se arrepende dos seus pecados, mesmo tendo consciência deles, sabendo que está errado e agindo deliberadamente contra a vontade de Deus.

Peçamos sempre que Deus amoleça o nosso coração para que possamos alcançar a graça da nossa salvação, mas também para nos sensibilizarmos com o nosso próximo. Que nossos corações estejam sempre dilatados para o próximo e saibamos partilhar o que temos com os mais necessitados.

Deus abençoe,

Padre Reginaldo Manzotti