PadreReginaldo Manzotti (boletim informativo semanal 25/12/2019)


Filhos e filhas,

É Natal! O Verbo de Deus se fez carne e habitou entre nós (Jo 1,14).
Todo o dia de hoje se volta para o Deus criança. É o céu e a terra se encontrando na altura de uma manjedoura. Isso acontece, independente se cremos ou não, se nós fizemos uma devida preparação ou não. Isso não importa, porque Deus nasceu como uma graça divina, é Dele a iniciativa.
Precisamos entender que Deus não existe porque nós cremos, mas sim porque Ele, no seu amor infinito, é incapaz de deixar de nos amar. A ação de nascer foi de Deus, mas felizes somos nós se nos deixarmos contagiar por esse grande feito: o amor de Deus em forma de criança!
Filhos, Jesus já nasce transformando vidas e eu gostaria de chamar atenção para alguns personagens para que nós nos espelhemos. Antes preciso lembrar que o nascimento de Jesus é histórico. A própria estrela guia, dizem os cientistas, foi um alinhamento de planetas que a olho nu pareciam uma única estrela. É interessante que depois de tanta negação, começa a ciência a rever suas posições e dizer que algo extraordinário aconteceu.
A fé vai muito além da ciência e Deus sempre nos surpreende. Então, se deixe surpreender por Deus. Se você acha que já está resolvido é porque você não experimentou esse Deus que nos surpreende a cada dia, que nos renova a cada dia.
Já feita essa explicação, quero destacar a figura de São José. Tenho pensado muito nesse homem que tinha todas as possibilidades de negar Nossa Senhora. Todo mundo fica surpreso que em sonho o anjo apareceu e lhe disse para acolher Maria porque ela concebeu do Espírito Santo (Mt1,19-21), porém fico pensando que mesmo antes do sonho, José poderia ter feito besteira, poderia ter posto tudo a perder.
Com José, aprendemos que Deus vai lapidando as pessoas. Quando Maria foi avisá-lo de sua gravidez, ele já tinha deixado se deixar lapidar por Deus para ser sensato, para esperar a resposta em Deus, para discernir na oração. E a pergunta fica: como nós nos deixamos lapidar por Deus diante das surpresas que a vida nos traz?
Deus, quando assumiu a condição humana, se colocou nas mãos de um homem, José. Que nós sejamos ‘José’ e sejamos mais coerentes, mais sóbrios nas decisões, menos intempestivos, menos tomados pela violência, pela fúria, pelo sangue quente, que nós sejamos mais temperados.
Outra figura que não posso deixar de realçar é Maria. O Natal é nascimento de Jesus, mas Deus se colocou refém do ventre de uma mulher. Maria faz acontecer o Natal! Pelo sim de Maria, pela sua fé e confiança, nós hoje celebramos o Natal.
E frente a tamanha força nos questionamos, será que nós fazemos acontecer o Natal em nossa família, em nosso lar? Se não acontece, não é porque Jesus não nasceu, mas porque nós não estamos próximos para cooperar, colaborar e sentir.
Então aproveite essa iniciativa de Deus e permita-se viver e conhecer Aquele que luz verdadeira que veio ao mundo e ilumina todas as pessoas, Jesus Cristo (cf. Jo 1,9).
Um santo e feliz Natal. Que o Menino Deus abençoe a todos.
Padre Reginaldo Manzotti

Padre Reginaldo Manzotti(boletim informativo semanal – 18/12/2019


Filhos e filhas,
 
Já estamos nos aproximando do Natal. O próximo domingo será o último do tempo do Advento que nos coloca às portas do Natal. Refletimos sobre o mistério da Encarnação: “Vejam: a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que quer dizer: Deus está conosco” (Mt 1,23).
Contemplamos a figura de Maria e as circunstâncias que a envolveram nos dias que precederam o nascimento do Menino Jesus. “Deus enviou o seu Filho” (GI 4, 4). Mas, para lhe “formar um corpo”, quis a livre cooperação de uma criatura. Para isso, desde toda a eternidade, Deus escolheu para ser a Mãe do seu Filho uma filha de Israel, uma jovem judia de Nazaré, na Galileia. “Virgem que era noiva de um homem da casa de Davi, chamado José. O nome da virgem era Maria” (CIC 488).
A Salvação nos chega pelo seio de Maria. Ela é o modelo perfeito de obediência, humildade, pureza e fé. Se nos prepararmos e procurarmos vivenciar profundamente os elementos de cada Domingo do Advento, o nascimento do Salvador terá um sentido concreto em nossa vida e não será uma mera lembrança de um fato histórico.
Finalmente, gostaria de dizer que para se entender o Natal é necessário ter fé, pois senão será um feriado como tantos outros de nosso calendário.
Natal é o grande momento da paz em que, em torno do recém-nascido, o Divino (anjos) e o humano (Maria, José e os pastores), céu e terra, se unem num silêncio adorador. “Porque nasceu para nós um menino, um filho nos foi dado: sobre o seu ombro está o manto real e ele se chama ‘Conselheiro Maravilhoso’, ‘Deus Forte’, ‘Pai para sempre’, ‘Príncipe da Paz’. Grande será o seu domínio e a paz não terá fim sobre o trono de Davi e seu reino, firmado e reforçado com o direito e a justiça, desde agora e para sempre” (Is 9,5-6).
Celebremos santamente o Natal. Tenhamos no coração aquilo que é essencial: o amor, a amizade, o perdão e a reconciliação.
Quando estivermos festejando com nossos familiares e amigos, não nos esqueçamos da oração. Silenciemos nosso interior e não nos esqueçamos do aniversariante. Ele é o centro de nossa vida. É a luz que ilumina toda a treva.
Lembremo-nos dos que sofrem ou estão na solidão.
Se pudermos, troquemos presentes lembrando que em todos os presentes de Natal deveria viver algo da dádiva primordial: Jesus Cristo. Daquele gesto do amor de Deus que em última análise não poderia e não queria dar menos do que a si mesmo. Pouco interessa se um presente é caro ou barato, quem não é capaz de dar com ele uma parte de si mesmo, sempre deu de menos.
O maior presente que poderíamos receber o céu nos deu. Na Noite Santa, Deus deu-se a si mesmo nascendo como uma frágil criança. Deus assumiu nossa humanidade para nos dar sua divindade.
Que todos tenhamos um Santo e Feliz Natal.
Deus abençoe
Padre Reginaldo Manzotti

Padre Reginaldo Manzotti boletim informativo semanal(12/12/2019)


Filhos e filhas
Nesta semana, celebramos Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira das Américas. No entanto, sua história e devoção são pouco conhecidas de nós, brasileiros. Por isso, dedico esta mensagem para contar a história da Virgem de Guadalupe, que se passa no ano de 1531 onde atualmente está o México, que ainda pertencia ao império espanhol.
Juan Diego não pertencia a qualquer classe social do Império, mas era livre. Sabia ler e escrever. Perdera os pais muito cedo e dedicava-se ao trabalho no campo. Viúvo, ele vivia com o tio, Juan Bernardino, a quem estimava como a um pai. Eles haviam se convertido e receberam o batismo.
No dia 9 de dezembro de 1531, quando se dirigia para a igreja das Missões, ouviu uma linda música vinda da montanha. Parou para apreciar, quando ouviu uma voz por cima da montanha que o chamava suavemente: "Juanito, Juan Diego". Subindo em sua direção, viu uma senhora e maravilhou-se pela sua grandeza. Seu vestido era radiante e seu rosto transparecia bondade e compaixão. Ela perguntou-lhe: "Juanito, o mais humilde de meus filhos, onde vais? Juan Diego respondeu: Minha Senhora e Menina, vou à igreja, seguir as coisas divinas". Então pediu-lhe a senhora: "Eu desejo que um templo seja construído aqui, rapidamente, para que eu possa mostrar todo o meu amor, e realizar o que a minha clemência pretende. Vá ao palácio do Bispo e comunica este meu grande desejo". Ele, inclinou-se diante d’Ela e disse: "Minha Senhora, Eu estou indo cumprir Tua ordem, agora me despeço de Ti, Teu humilde servo". Apressado seguiu para a casa do bispo. Esperou muito tempo e quando foi atendido, após ouvi-lo, o Bispo mandou que voltasse outro dia, para relatar melhor a história.
Juan Diego saiu triste, mas no dia seguinte, depois de rezar à Virgem, ele deixou sua casa e foi ver o Bispo. Novamente depois de muita dificuldade, o Bispo estava à sua frente. Ele expôs a ordem de Nossa Senhora do Céu, e que por Deus, acreditasse em sua mensagem. O Bispo, para assegurar-se, fez várias perguntas, e pediu que apresentasse provas de que estava dizendo a verdade.
Juan Diego voltou logo para contar à Virgem Santíssima, a resposta que trazia do Bispo. A Senhora, após ouvir, disse-lhe: "Muito bem, você retornará aqui amanhã, então levará ao Bispo o sinal por ele pedido. Com isso ele irá acreditar".
No dia seguinte, não foi ao encontro da senhora. Saiu para trazer um sacerdote para seu tio, que estava gravemente enfermo. Mas, Ela o encontrou no caminho.  Aproximou-se dele e disse: "O que há, meu pequeno filho? Onde estás indo?" E Juan Diego pedindo desculpas disse que deveria levar um sacerdote, para administrar os Sacramentos, pois seu tio estava muito enfermo. A Santa Virgem lhe disse: "Escuta-me e entenda bem, meu filho, nada deve amedrontar ou afligir você. Não deixe seu coração perturbado. Não tema esta ou qualquer outra enfermidade ou angústia. Eu não estou aqui? Quem é sua Mãe? Você não está abaixo de minha proteção? Eu não sou a saúde? Não se aflija, pois seu tio será salvo dessa enfermidade". Então Juan Diego prometeu que, quanto antes, estaria na presença do Bispo, para levar o sinal ou prova, a fim de que cresse. A Senhora pediu que ele subisse ao topo da montanha para que colhesse flores, e trouxesse à sua presença.
Atendendo ao pedido da Virgem Maria, Juan Diego foi e quando chegou no topo da montanha ficou admirado vendo tantas rosas, perfumadas e umedecidas pelo orvalho. Colheu-as, levou-as à Senhora, que as arrumou dentro da tilma (manto) do índio e mandou que as mostrasse somente ao Bispo. Juan Diego se pôs a caminho, desta vez mais confiante.
Diante do Bispo, Juan Diego relatou como a Senhora o fizera subir até o local onde naquela época do ano só havia espinhos e lá encontrara rosas belíssimas. Dizendo isso, desenrolou o manto e as rosas rolaram pelo chão, o Bispo ficou maravilhado, pois além das rosas, estava estampada no manto de Juan Diego a imagem da Virgem de Guadalupe. Sua aparência, sua pele morena trazia as características de uma jovem indígena.
A preciosa imagem da sempre Virgem Santa Maria, Mãe de Deus, da mesma maneira como hoje ela é guardada no templo do Tepeyacac, desafia o tempo e os estudos científicos, pois a imagem impressa milagrosamente em um tecido de pouca qualidade (feito a partir do cacto), que deveria se deteriorar em 20 anos, não mostra sinais de deterioração depois de 474 anos, desafiando qualquer explicação científica sobre sua origem.
O Bispo e toda Igreja acreditaram. Logo foi erguida uma capela. Juan Diego construiu, ao lado do templo, uma cabana, onde permaneceu até sua morte. A Virgem de Guadalupe foi declarada Mãe das Américas e hoje, acolhe e intercede por todos seus filhos e filhas.
Que a história da Virgem de Guadalupe nos leve a uma autêntica devoção mariana.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti

Confraternização do grupo de associados da Associação de São José


No dia primeiro de dezembro o grupo de associados da Associação de São José, da paróquia de São Francisco das Chagas, realizou a última reunião do ano, incluindo a confraternização.

Iniciou-se com as orações rotineiras e logo após a leitura da palavra foi realizada a leitura de um texto reflexivo apropriado para o momento onde houve participação de alguns associados presentes. Com essa reflexão foi revisto alguns dos valores essenciais cristãos para celebrarmos com dignidade o advento, como a vigilância, a esperança, a pobreza, a conversão, pois é necessário que “preparemos o caminho do Senhor”, lutando contra o pecado, contra a injustiça institucionalizada, através de uma maior disposição para a oração e imersão na Palavra. E também vimos  a importância de colocar um “tempero” pascal em nosso Advento e Natal, pois os festejos natalinos são um desdobramento da Páscoa.

Logo após a reflexão foi feito a troca de presentes, em seguida teve a distribuição de lembrança para todos os presentes. Esse momento foi concluído com a palavra da coordenadora, desejando um feliz natal e um ano repleto de fé e esperança, seguido da bênção. Ao terminar a fala da coordenadora foi servido um lanche, onde todos ficaram a vontade para se deliciarem das gostosas iguarias. Foi um momento muito especial para o grupo.
Pedimos as bençãos a Deus por intercessão de São José, que continuemos firmes na nossa caminhada de oração em 2020.

Reginaldo Manzotti boletim informativo semanal (04/12/2019)


 Filhos e Filhas,
Já estamos no tempo do Advento. O Natal se aproxima e precisamos preparar nossos corações para realmente viver o nascimento de Jesus. O tempo de advento é marcado por um momento de expectativa: o Senhor que vem! Jesus que veio e que vem; portanto, são dois momentos fortes de reflexão.
O 1º e o 2º Domingos do Advento, nos levam a refletir sobre a segunda vinda de Jesus, a parúsia. Muitos perguntam: que segunda vinda? Terá uma segunda vinda? Com certeza! É o que rezamos na profissão de fé: Jesus que virá para julgar os vivos e os mortos. Então, vai ter o fim do mundo? Quem disse que não? Só não sabemos quando, nem como.
Se na primeira Ele veio vestido com manto de pobreza, na gruta de Belém, e seu trono foi a cruz; na segunda Ele virá sobre as nuvens revestido de glória e majestade, com os coros dos anjos (Mt 14,30). Se na primeira vinda, Jesus, não foi ouvido, foi emudecido pela mão do homem, na segunda vez a voz do Senhor, irá ecoar em todos os cantos da Terra.
O 3º e 4º Domingos do Advento, são uma preparação imediata para o Santo Natal. A cada domingo do Advento, Deus nos dá uma mensagem. No 1º a mensagem é: vigiai. Pais de família, mães de família, lideranças: acordem do sono, despertem para a vida, Deus se manifesta!
O 2º Domingo do Advento nos traz, uma mensagem, um apelo fortíssimo de conversão: “Convertei-vos. O reino de Deus está próximo!” Jesus virá, com a plena sabedoria, com os dons plenos do Espírito. Jesus virá uma segunda vez. E nós antes que tarde, procuremos a conversão.
A conversão que Nosso Senhor deseja é que o nosso coração seja uma manjedoura, que o nosso coração esteja preparado para acolhê-Lo. Se queremos viver um Santo Natal, se queremos que o ano seja repleto de paz, comecemos hoje a limpar a eira, limpar embaixo, tirar a erva daninha, tirar o que não presta, tirar o que é fútil, tirar o que é supérfluo, tirar o que não vale nada.
O 3º Domingo do Advento, também conhecido como domingo Gaudete (Domingo da alegria), apresenta os tempos messiânicos e funciona como uma antecipação do Natal. A sua vinda se aproxima: Deus vem nos salvar. Nesse domingo, se anuncia a chegada do Senhor como causa de alegria para a comunidade. É como um aviso: “Ele está chegando!”. Esse anúncio alegre nos contagia e nos impele a preparar uma acolhida mais calorosa e amorosa para a chegada do Senhor.
No 4º Domingo do Advento, às portas do Natal, somos convidados a acolher Aquele que vem ao nosso encontro. O Senhor está à porta e bate! A figura da Virgem Maria simboliza a Igreja inteira à espera do Salvador. Maria é a terra fecunda para acolher a semente do Reino, é a imagem do povo da antiga Aliança à espera do Salvador.
Evangelizar é preciso também no Natal, para que nos lembremos o sentido maior desta festa. Que saibamos que a nossa jornada, a nossa luta é uma luta constante e diária. Sem querer ser pessimista, não irá demorar muito para saudarmos: feliz dia do Papai Noel! Isso, devido à grande inversão dos valores que está acontecendo. Uma inversão perigosa onde o que é secundário se o torna principal. E, não só se referindo ao Natal, mas a toda a escala de valores do ser humano.
Que possamos nos preparar para termos um Santo e Feliz Natal.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti

Padre Reginaldo Manzotti boletim informativo semanal(27/11/2019)


Filhos e filhas, 

 
Nesta quarta-feira, 27 de novembro, a Igreja celebra Nossa Senhora das Graças. Neste dia, em 1830, a noviça Catarina Labouré teve uma visão de Nossa Senhora, na capela das Irmãs Filhas da caridade de São Vicente de Paulo.
Nessa visão, a Virgem Santíssima estava em cima de um globo e tinha sob seus pés uma serpente. Das mãos de Nossa Senhora provinham raios luminosos, símbolo das graças que Ela derrama sobre quem suplica. E os raios opacos simbolizavam as graças que não eram pedidas.
Essa aparição, além de tanto simbolismo, nos lembra a importância de sempre rezarmos, suplicando pela intercessão de Maria, para atender nossas necessidades. Filhos, a oração transfigura, a oração transcende, a oração muda, a oração converte, a oração verdadeira nos impulsiona.
Muitas vezes, nossas orações não estão sendo qualificativas. Nós estamos sendo mecânicos, ritualistas, cumpridores e observadores, mas não estamos deixando nos tocar por Deus.
Está sendo um caminho de ida, mas não há o caminho de volta. Não porque Deus não quer, mas porque não deixamos, nós não O escutamos. Na mesma proporção que nos dedicamos a cuidarmos do corpo, devemos dedicar a cuidar do espírito.
Se, na mesma proporção que buscamos manter a sobrevivência do corpo, buscássemos manter a sobrevivência da alma, não seríamos tão doentes espiritualmente. Não seríamos desnutridos, desesperados e desgastados. Por isso, insisto tanto na disciplina, no reservar um momento para a intimidade com Deus.
Muitos me perguntam: E quando a oração não é atendida? Como saber o que está errado? A oração é um combate e nós devemos lutar contra tudo aquilo que nos faz desanimar, como a sensação de fracasso, ressentimento e decepção, principalmente por não ser atendido. Chamo a atenção para o que diz, um dos Padres do Deserto: “Não te aflijas quando não receberes imediatamente de Deus, o objeto de teu pedido: é que Ele quer fazer-te ainda maior bem, por tua perseverança em permanecer com Ele na oração” (Evágrio Pôntico). “Ele quer que nosso desejo seja provado na oração. Assim Ele nos prepara para receber aquilo que Ele está pronto a nos dar” (Santo Agostinho).
Esses pensamentos dizem para não nos desesperarmos. A demora de Deus é uma provação da oração, nos prepara para a graça que vamos receber. Essa é a prática de esperar em Deus e a oração é uma espera em Deus que requer recolhimento. A meditação nos ajuda neste contexto de sempre voltarmos o pensamento para Deus e aumentar a esperança, sem cairmos em desespero.
Termino citando mais um grande Santo de nossa Igreja, Santo Afonso de Ligório: “É preciso que nos convençamos de que da oração depende todo o nosso bem. Da oração depende a nossa mudança de vida, o vencer das tentações; dela depende conseguirmos o amor de Deus, a perfeição, a perseverança e a salvação eterna”.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti

Padre Reginaldo Manzotti (boletim informativo semanal de 25/09/2019)


Filhos e filhas, 

Pelas suas Chagas fomos curados, pela sua cruz fomos libertados.
Eterno Pai, eu Vos ofereço as Santas Chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo, as Santas Chagas da nossa redenção, para a nossa salvação e cura de nossas feridas.
Perceba filho, a profundidade dessa devoção: sobre o madeiro, Jesus levou nossos pecados, por isso ter um crucifixo dentro de casa não é idolatria, tanto que os santos quando passavam perto de um crucifixo beijavam as Santas Chagas.
Não por acaso que na Sexta-feira Santa, na Celebração da Paixão do Senhor, a Cruz é levantada por três vezes para ser adorada. Sim, eu não errei na palavra adoracion, e depois dessa apresentação à assembleia, o sacerdote se prostra no chão, para em seguida beijar as Santas Chagas do Crucificado.
O sentido não é adorar a cruz pela cruz, mas o madeiro onde esteve nosso Salvador, onde verteu Seu Sangue que nos purificou. Sobre o madeiro levou os nossos pecados, em Seu próprio corpo, a fim de que mortos para os nossos pecados, vivêssemos para a justiça.
Carregou os nossos pecados em Seu corpo sobre o madeiro para que, mortos aos nossos pecados, vivamos para a justiça. Por fim, por suas chagas fomos curados”. (Is 53,5) A profecia de Isaías é citada por São Pedro com seu cumprimento em Jesus Cristo. Na sua Cruz Cristo levou tudo que nos impedia da vida de filhos de Deus.
Apesar de nossa inclinação original para o pecado, sempre estará presente o ato redentor de Cristo e nas Suas Chagas podemos nos refugiar, colocando nas Suas Chagas as nossas chagas e vergonhas, como maravilhosamente definiu São Bernardo de Claraval, em um de seus sermões: “Onde encontrar repouso tranquilo e firme segurança para os fracos, a não ser nas Chagas do Salvador? Ali permaneço tanto mais seguro, quanto mais poderoso é Ele para salvar. O mundo agita, o corpo dificulta, o demônio arma ciladas; não caio, porque estou fundado sobre rocha firme. Pequei e pequei muito; a consciência abala-se, mas não se perturba, pois me lembro das Chagas do Senhor.”
Jesus poderia ter ressuscitado sem nenhuma marca, mas quis manter as marcas da crucificação. Como escreve Santo Agostinho: “Cristo transpassado por nós e pregado com os cravos sobre a cruz, descido da cruz e sepultado, é a nossa salvação. Ele ressuscitou do sepulcro, curado dos ferimentos e mantendo as cicatrizes”.
Ainda nos diz Santo Agostinho: “Jesus quis de fato ajudar seus discípulos ao manter suas cicatrizes, para curar nos seus corações as feridas da incredulidade”. E, Santo Ambrósio escreveu: “Quem duvida que seja verdadeiro o corpo carnal de Jesus, apresentado aos apóstolos para ser tocado, no qual permaneceram os sinais dos ferimentos e os traços das flagelações? Com isso não só nossa fé é fortalecida, mas se exalta também a devoção. Ele ao invés de apagar dos seus membros os ferimentos que recebeu por nós, quis levá-los ao céu para mostrar ao Pai o preço da nossa libertação. E é neste estado que o Pai o entroniza à sua direita, enaltecendo o troféu da nossa salvação”. (340-397)
Por isso e muito mais que não me canso em propagar essa belíssima devoção de Jesus das Santas Chagas.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti

Padre Reginaldo Manzotti boletim informativo semanal(11de setembro)


Filhos e filhas, 


Nessa semana iremos celebrar duas festas litúrgicas: a Exaltação da Santa Cruz, dia 14/09 e Nossa Senhora das Dores, no próximo dia 15/09. Com essas duas celebrações, aprendemos a viver o sofrimento de uma forma santificante.

Diante da dor e do sofrimento, costumamos questionar a razão de estarmos enfrentando tamanha adversidade. A nossa vida é feita de muitos “por quês”. Por que esta doença? Por que minha melhor amiga se matou? Por que meu filho nasceu com esta doença? Por que eu? Por que comigo?

Filhos e filhas, aqui proponho a não focarmos nestes “por quês”. Verdade que a aridez espiritual, fruto do sofrimento, é terrível, mas ela começa dentro do nosso coração. Então, como fazer para lidar com a dor e o sofrimento? Contemplando a Cruz de Cristo para, ao contemplá-la, mergulharmos neste entendimento da dor e do sofrimento.

Ao olharmos para o sofrimento de Jesus na Cruz, somos chamados a contemplar também a nossa dor. Tem gente que gosta de se “vitimizar”. Gostar da dor é considerado uma patologia, uma doença. E existem pessoas que caminham pela vida como se gostassem de sofrer. Cuidado! A medicina e a ciência se empenham em minimizar nossas dores. No entanto, elas até conseguem minimizar, mas tirá-las totalmente jamais.

Saiba que a dor é pedagógica. Ela nos ensina. Todos querem seguir ao Senhor Glorioso. Poucos são aqueles que querem seguir ao Senhor Crucificado. Diante de uma dor, nossa primeira reação é a de negar este sofrimento. E, logo em seguida, o segundo passo é o do “por quê”. Os nossos “por quês” devem nos levar ao “para que”. É preciso descobrir, dentro deste mistério que é o sofrimento humano, a razão pela qual enfrentamos determinada dor. É preciso aceitar a dor. Mas não de uma forma passiva.

Jesus assumiu a nossa condição humana em tudo, exceto no pecado. E em Cristo conseguimos redimensionar esta experiência dolorosa do sofrimento na própria vida. O sofrimento nos amadurece. Diante do sofrimento somos trabalhados por Deus em nos abrirmos ao próximo. Jesus era tão humano, tão humano, que não media esforços para ajudar as pessoas.

Meus irmãos, precisamos ser mais humanos! Quantos casamentos não teriam terminado, quantos relacionamentos entre pais e filhos não estariam em crise, se estivéssemos mais atentos às fragilidades dos outros. E isto se adquire como um fruto que vem da contemplação de Cristo na Cruz. A liberdade mal-usada provoca dor, sofrimento.

Existem muitas coisas em nossas vidas que ficarão sem respostas. Morreremos sem saber e entender os tais “por quês”! Por isso, o importante é o “para que” deste sofrimento.

Jesus passou pelo Calvário e a gente se pergunta: “Para que Jesus morreu na Cruz?” Ele morreu para revelar esta verdade: o Pai nos ama!

Por isso, filhos e filhas, aprendamos com a dor. E uma forma é redimensioná-la. E como fazer isso? Existem muitas formas, mas a melhor forma de redimensionar uma dor é entregando-se por amor aos irmãos. A dor santifica. A cruz liberta.

Deus abençoe,

Padre Reginaldo Manzotti


Pe. Reginaldo Manzotti | Boletim Informativo - 04 de setembro


Pe. Reginaldo Manzotti | Boletim Informativo - 04 de setembro

Filhos e filhas, 

Todos os dias do ano deveriam ser Dia da Bíblia. Ela é a nossa Cartilha de Oração. A Palavra de Deus é lâmpada para nossos pés e luz para nossos caminhos (cf. Sl 118,105).
Mas, o mês de setembro é dedicado à Bíblia por celebrarmos São Jerônimo, o grande biblista que a traduziu dos originais em hebraico e grego para o latim. Mais do que ser um livro histórico, a Bíblia é portadora da mensagem de Deus. É por excelência um livro de anúncio, de revelação do amor de Deus.
Escrita por mãos humanas, seus autores contaram com a intervenção do Espírito Santo, que inspirou sua redação dando-lhes a capacidade de registrar aquilo que era a vontade de Deus. Portanto, são textos escritos por mãos humanas que trazem a verdade de Deus.
A Palavra de Deus não é uma letra morta. É viva. Por isso, a cada tempo traz um novo significado, embora o conteúdo seja o mesmo, como diz São Paulo: “Tudo o que se escreveu no passado foi para o nosso ensinamento que foi escrito, a fim de que, pela perseverança e consolação, que nos dão as Escrituras, tenhamos esperança” (Rm 15,4).
É Deus falando aos homens, na linguagem dos homens. Como em todos os anos, procuro escrever destacando a importância de se ler, meditar e viver a Palavra de Deus. Nunca é demais relembrar e praticar.
A Bíblia é dividida em duas partes: Antigo Testamento e Novo Testamento. É formada por 73 livros, dos quais 46 pertencem ao conjunto de livros do Antigo Testamento e 27 ao do Novo Testamento.
Para manusear a Bíblia, devemos saber o que são capítulos e versículos, estrutura que nos auxilia na localização das leituras. Os primeiros são as divisões que encontramos num mesmo livro da Bíblia, identificados por um algarismo grande. Os versículos são as divisões dentro dos capítulos e correspondem aos algarismos pequenos, dispostos no corpo dos textos bíblicos.
A Bíblia também possuiu uma forma abreviada para o nome de cada livro e uma pontuação que permite manuseá-la com maior facilidade.
A vírgula, por exemplo, serve para separar o capítulo do versículo: Jo 3,16 (Evangelho de João, capítulo 3, versículo 16). O hífen indica a abrangência de um versículo até o outro: IIRs 5,9-19 (Segundo Livro dos Reis, capítulo 5, versículos de 9 até 19). O ponto serve para mostrar que os versículos são alternados: Rm 5,12.17.19 (Carta aos Romanos, capítulo 5, versículo 12, versículo 17 e versículo 19). A letra “s” significa seguinte, indicando que o texto continua no versículo seguinte: 1Pd 2,2-5.9s (Primeira Carta de São Pedro, capítulo 2, versículos de 2 até 5, versículo 9 e 10). Por último, a presença de dois “ss” mostra que a continuação do texto prossegue nos dois versículos seguintes: Jr 31,31ss (Livro do Profeta Jeremias, capítulo 31, versículos 31, 32 e 33).
Vale lembrar que a leitura da Bíblia tem que ser meditada e entendida, por isso escolha um momento propício, iniciando com uma oração invocando o Espírito Santo. Sugiro esta:
Meu Senhor e meu Pai!
Envia Teu Santo Espírito para que eu
compreenda e acolha Tua Santa Palavra!
Que eu Te conheça e Te faça conhecer,
Te ame e Te faça amar, Te sirva e Te faça
servir, Te louve e Te faça ser louvado por
todas as criaturas.
Faz, oh Pai, que, pela leitura da Palavra,
os pecadores se convertam, os justos
perseverem na Graça e todos consigamos
a vida eterna.
Amém.
Dai-nos, Senhor, mais amor à Tua Palavra. Amém.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti

Oração do Cerco de Jericó


No dia 29/08 e 02/09, o grupo da Associação de São José realizou no período de 12:00h ás 15:00h e das 18:00h ás 21:00 consecutivamente, na capelinha do Centro Paroquial orações do Cerco de Jericó, instituído pela Paroquia de São Francisco das Chagas através do Nosso Pároco Frei James, durante sete dias, que teve inicio no dia 28/08 com a celebração da Santa Missa e finalizará no dia 04/09.

Esses momentos, através das orações, tem a finalidade de reunir todos os grupos e comunidades urbanas que fazem parte da paroquia com o intuito de revitalizar a espiritualidade e também preparar todos, mediante ao Santíssimo Sacramento, que está exposto, para a comunhão na realização de um festejo celebrativo e, acima de tudo espiritual, além de uma grande confraternização dos paroquianos.

Nos momentos de orações em que ficamos responsáveis, colocamo-nos diante de Jesus presente no Santíssimo Sacramento, e confiantes no poder da oração pedimos que Ele derrube as muralhas que nos impedem de tomarmos posse de uma vida mais santa e feliz, além de pedirmos através de orações ao Divino Espírito Santo inspiração de Deus e a presença Dele para que purifique as nossas intenções e mostre-nos o caminho para a santificação, e também pedimos mais vocações religiosas e perseverança na  vida de nossos sacerdotes.


LINDAS MUSICAS CATÓLICAS PARA ACALMAR O CORAÇÃO CABIXI CABIXI CABIXI

Padre Reginaldo Manzotti boletim informativo semanal


Padre
Reginaldo Manzotti
boletim informativo semanal

Filhos e filhas, 

Estamos na semana em celebramos Santa Mônica e Santo Agostinho, dois grandes exemplos de persistência e conversão. Persistência e lágrimas de uma mãe que por 30 anos rezou pela conversão de sua família, em particular seu filho, Agostinho.
O próprio Santo Agostinho, nos seus escritos, interrompe a narrativa de sua vida para falar das lágrimas de sua mãe: “Minha mãe, tua fiel serva, chorava-me diante de ti muito mais do que as outras mães costumam chorar sobre o cadáver dos filhos, pois via a morte de minha alma com a fé e o espírito que havia recebido de ti" (cf. Confissões, III, 11).
Muitas vezes, filhos e filhas, somos como Agostinho, demoramos a ouvir os apelos de Deus, e queira Deus, com intercessão de Nossa Senhora, que quando realmente nos encontrarmos com Ele, tenhamos uma conversão como a de Santo Agostinho.
Quando não ouvimos os apelos de Deus em nossa vida, formamos um escudo em nós mesmos e a flecha divina tem dificuldade de penetrar, porque quanto mais sedimentados aos apegos das paixões, ao mundanismo, à satisfação pela satisfação, menos sensibilidade temos para Deus. E por isso sofremos.
Quem dera se nós deixássemos nos encontrar com Deus! E, filhos e filhas, a cada momento Ele tenta nos encontrar. Mas nós, na maioria das vezes, nos esquivamos. Muitos perguntam, por que não progridem, não crescem, não se desenvolvem, não veem os frutos de sua santificação? Muitos estão ficando cada vez piores, velhos, enrugados e cada vez mais chatos, por quê? Pela postura assumida diante de Deus.
Devemos dizer: “Senhor, eu sou necessitado. Eu preciso de Ti, eu preciso de Tua graça. Sozinho eu não sou ninguém. Não se ausente da minha vida, não me deixe cair em tentação, Senhor! Não me deixe só, porque eu sou fraco; não me deixe, Senhor, cair em tentação. Fica ao meu lado, me amparando, porque eu reconheço que fui feito de pó, pelas Tuas mãos”.
Creio que muitos já tiveram o desprazer de conviver com uma pessoa que não acha necessário mudar, que está pronta, concluída e nada mais deve ser feito, se acha perfeita. Isso a torna horrível, pois ela acaba sendo um poço de arrogância, soberba e grosseria. Não há humildade, fragilidade e nem paciência com o erro do irmão. Essa pessoa fica muito distante de Deus. Mas como evitar isso?
Quem verdadeiramente ama, reza. Quem verdadeiramente reza, ama. Somos chamados a ser tocados pelo Senhor através de uma vida de oração, para que o amor d'Ele se manifeste em nós. Todos os dias somos chamados a estar na presença de Deus em oração. Mas para nos colocarmos diante d'Ele é preciso, primeiramente, silenciar o nosso interior, para então fazer uma oração.
É importante que em cada oração o coração esteja junto, aquilo que rezamos precisa ser nossa vida. Uma alma sem oração é como carro sem gasolina, ou seja, não funciona. O combustível mais seguro para que Deus nos mantenha no caminho do bem é a oração, a fé e o amor.
Ninguém experimenta o amor de Deus se não viver na Sua presença. Quem não leva a sério sua vida com Deus, se perde. Caso deixemos de experimentar o amor de Deus, e se em algum momento da vida nos cansarmos e nos dermos conta de nossa imperfeição, nos coloquemos diante d'Ele e recomecemos. Ele estenderá as mãos para que cheguemos mais perto de Seu amor, pois a Sua misericórdia é infinita.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzott

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Padre Reginaldo Manzotti - Fica Senhor Comigo (Lyric Video)

Padre Reginaldo Manzotti (boletim informativo semanal)


Filhos e filhas, 

Semana passada lancei um single nas plataformas digitais, que há muito queria gravar. Na realidade, a música é uma oração de São Pio de Pietrelcina, Fica Senhor Comigo. Se ainda não ouviu, sugiro que se recolha e ouça. Faça essa experiência de se colocar na presença de Deus ouvindo essa belíssima oração.
Me ajuda muito em meus momentos de oração, tanto que fiz questão de colocar no livro O Poder Oculto e agora gravar a música:
"Fica, Senhor, comigo, pois preciso da tua presença para não te esquecer.
Sabes quão facilmente posso te abandonar.
Fica, Senhor, comigo, porque sou fraco e preciso da tua força para não cair.
Fica, Senhor, comigo, porque és minha vida, e sem ti perco o fervor.
Fica, Senhor, comigo, porque és minha luz, e sem ti reina a escuridão.
Fica, Senhor, comigo, para me mostrar tua vontade.
Fica, Senhor, comigo, para que ouça tua voz e te siga.
Fica, Senhor, comigo, pois desejo amar-te e permanecer sempre em tua companhia.
Fica, Senhor, comigo, se queres que te seja fiel.
Fica, Senhor, comigo, porque, por mais pobre que seja minha alma, quero que se transforme num lugar de consolação para ti, um ninho de amor.
Fica comigo, Jesus, pois se faz tarde e o dia chega ao fim; a vida passa, e a morte, o julgamento e a eternidade se aproximam.
Preciso de ti para renovar minhas energias e não parar no caminho. Está ficando tarde, a morte avança e eu tenho medo da escuridão, das tentações, da falta de fé, da cruz, das tristezas. Oh, quanto preciso de ti, meu Jesus, nesta noite de exílio.
Fica comigo nesta noite, Jesus, pois ao longo da vida, com todos os seus perigos, eu preciso de ti. Faze, Senhor, que te reconheça como te reconheceram teus discípulos ao partir do pão, a fim de que a Comunhão Eucarística seja a luz a dissipar a escuridão, a força a me sustentar, a única alegria do meu coração.
Fica comigo, Senhor, porque na hora da morte quero estar unido a ti, se não pela Comunhão, ao menos pela graça e pelo amor.
Fica comigo, Jesus. Não peço consolações divinas, porque não as mereço, mas apenas o presente da tua presença, ah, isso sim te suplico!
Fica, Senhor, comigo, pois é só a ti que procuro, teu amor, tua graça, tua vontade, teu coração, teu Espírito, porque te amo, e a única recompensa que te peço é poder amar-te sempre mais.
Com este amor resoluto desejo amar-te de todo o coração enquanto estiver na Terra, para continuar a te amar perfeitamente por toda a eternidade.
Amém."
Devemos sempre rezar e pedir: Fica Senhor Comigo! Buscar uma profunda intimidade com Deus deve ser sempre o nosso caminho, pois sem Ele nada somos. Sem Deus, perdemos o fervor e até o amor pela vida.
E, para isso, podemos nos espelhar em São Pio, pois seu amor e sua intimidade com Deus eram tão profundos que quando celebrava a Missa, a igreja ficava cheia de um suave perfume e as pessoas vinham em grande número para participar das suas celebrações.
Que tenhamos também nós uma profunda intimidade com Deus a ponto de exalarmos santidade como fez São Pio.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti

Padre Reginaldo Manzotti (Boletim informativo semanal)


Filhos e filhas, 

Estamos na Semana Nacional da Família que tem como tema neste ano de 2019: A Família, como vai? Esta semana traz um grande apelo para que a família se volte ao essencial.
São João Paulo II expressou isso muito bem com a frase “Família volta a ser o que tu és”. Mas o que é a família? É lugar de amor, é cheiro de saudade, é cheiro de comida caseira. Um pai e uma mãe que conseguirem marcar um filho, a casa com boas lembranças, já marcou positivamente.
Família volta a ser o que tu és, uma transmissora de vida, um lugar da presença de Deus, lugar de comunhão. A família nasce do amor e só tem sentido no amor, pois vem de Deus. O Criador quis que o homem tivesse a mulher como companheira e participassem da obra da criação.
A família é a primeira escola a nos ensinar a ser comunhão de amor, onde pessoas devem educar e se educar, pois formam uma comunidade de pessoas que vivem em comunhão. É na família que se aprende a viver a generosidade, a unidade, a solidariedade, a partilha, a fé e crescer a consciência de serem administradores dos próprios bens, dos bens comuns e da natureza.
A família é lugar de comunhão porque não visa o bem individual, mas o bem uns dos outros. E, como núcleo de comunhão, a família deve participar da vida da comunidade, trabalhando com outros, servindo como um só corpo.
O que sustenta essa missão de ser comunhão é o amor. O amor que deveria ser incondicional como nos ensina São Paulo. Um amor que é paciente, bondoso. Que não tem inveja, não é orgulhoso. Não é arrogante. Nem escandaloso. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (1Cor 13,4-7).
Família volta a ser o que tu és, um lugar de crescimento. “A família é o principal lugar de crescimento de cada um porque é através dela que o ser humano se abre à vida e à exigência natural de relacionar-se com os outros”. (Papa Francisco)
É no ambiente familiar que fazemos nossas primeiras experiências de vida, aprendemos a falar, a andar, a sorrir, a compartilhar as pequenas conquistas com aqueles que nos cercam. É também no ambiente familiar que aprendemos os valores morais, a usar corretamente a liberdade, a formar o caráter e anos depois nos tornarmos pessoas de bem, adultos maduros e capazes de contribuir com a construção de um mundo melhor.
Família volta a ser o que tu és, lugar de encontro. A família começa do encontro de duas pessoas que se amam e desejam formar uma só carne. A família é um lugar de encontro, de união e segurança.
Família volta a ser o que tu és, um lugar de superação de conflitos. O amor não é um sentimento, mas uma disposição de renunciar a si mesmo. Na família é necessário haver renúncias, senão, não sobrevive. Precisamos nos abrir e deixar Deus agir. Os familiares precisam estar dispostos a mudar uns pelos outros, para que haja harmonia e paz.
Não existem pessoas perfeitas, existem pessoas frágeis, limitadas. Valorizemos nossas famílias com seus defeitos e qualidades, suas alegrias e sofrimentos, erros e acertos, conquistas e conflitos. Acreditemos no amor que restaura e reconstrói, e deixemo-nos contagiar por esse amor de Deus, que tudo pode.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti


Padre Reginaldo Manzotti (boletim informativo semanal)


Padre
Reginaldo Manzotti
boletim informativo semanal

Filhos e filhas, 


Neste primeiro boletim do mês de agosto, mês vocacional, começo esclarecendo que todas as vocações são importantes e essenciais, mas nesta mensagem é a vocação à família que quero enfatizar, porque se a vocação sacerdotal está a serviço de todas as outras vocações, é da família que brotam todas elas.

A família é chamada por Deus a ser testemunha do amor e fraternidade, colaboradora da obra da Criação. Seu papel é fundamental na formação dos filhos, já que aos pais é dada a responsabilidade de formar pessoas conscientes e cristãs. Eles são representantes legítimos de Deus perante os filhos que devem ser conduzidos nos valores do Evangelho.

Começo ressaltando que a paternidade é muito mais do que simplesmente transmitir material genético na geração de outro indivíduo. Trata-se de um dom que o pai é convocado a viver, no seio da família. Isto é, uma vocação e um chamado de Deus, colaborar com o Seu plano da criação. Por isso, no segundo domingo do mês de agosto, mês das vocações, celebramos o dia dos pais e iniciamos a Semana Nacional da Família.

E, que honra cabe aos pais serem chamados com o substantivo que Jesus nos ensinou a chamar Deus, Abá, Pai, Paizinho. Mas, também que responsabilidade serem para seus filhos a primeira imagem que eles farão de Deus.

A figura do pai é tão importante no contexto familiar que Deus desejou que seu Filho Jesus vindo ao mundo, tivesse um. José foi o escolhido para assumir a paternidade do menino Deus.

A sociedade de hoje dá pouco valor à família. É difícil ser um verdadeiro pai num mundo de tantos contra valores, em que o amor acaba sendo medido pelos bens materiais. Por isso, tenho falado com muita insistência, os filhos precisam do conforto que os pais podem proporcionar. Mas precisam também, e muito, de carinho, afeto, amor, companheirismo, bom exemplo, correção e castigo, se merecido, como nos diz o Livro do Eclesiástico:

“Aquele que ama o seu filho, castiga-o com frequência, para que se alegre com isso mais tarde! Aquele que dá ensinamentos a seu filho será louvado por causa dele. E nele mesmo se gloriará entre os seus amigos! Aquele que educa o filho torna o seu inimigo invejoso e entre seus amigos será honrado por causa dele. O pai morre e é como se não morresse, pois deixa depois de si um seu semelhante. Durante a sua vida viu o seu filho e nele se alegrou; quando morrer não ficará aflito. Não tem do que se envergonhar perante seus adversários. Pois deixou em sua casa um defensor contra os inimigos. Alguém que manifestará gratidão aos seus amigos. Aquele que estraga seus filhos com mimos terá que lhes pensar as feridas”. (Eclo 30,1-7)

O Papa Francisco refletindo sobre a paternidade, ressaltou:

"A ausência da figura paterna na vida das crianças e dos jovens pode causar lacunas e feridas muito graves. Com efeito os desvios das crianças e dos adolescentes em grande parte podem estar relacionados com a carência de exemplos e de guias respeitáveis na sua vida de todos os dias, com a falta de proximidade, com a carência de amor por parte dos pais".

Se, por um lado, o Papa chamou atenção para os efeitos maléficos da ausência da paternidade, por outro indicou o quanto é essencial, bela, insubstituível a presença do pais na formação dos filhos. Ou seja, da família.

Que Deus, por intercessão de São Jose, proteja e fortaleça todos os pais.

Deus abençoe,

Padre Reginaldo Manzotti