Padre
Reginaldo Manzotti
boletim informativo semanal
Reginaldo Manzotti
boletim informativo semanal
Filhos e filhas,
Neste
primeiro boletim do mês de agosto, mês vocacional, começo
esclarecendo que todas as vocações são importantes e essenciais,
mas nesta mensagem é a vocação à família que quero enfatizar,
porque se a vocação sacerdotal está a serviço de todas as outras
vocações, é da família que brotam todas elas.
A
família é chamada por Deus a ser testemunha do amor e fraternidade,
colaboradora da obra da Criação. Seu papel é fundamental na
formação dos filhos, já que aos pais é dada a responsabilidade de
formar pessoas conscientes e cristãs. Eles são representantes
legítimos de Deus perante os filhos que devem ser conduzidos nos
valores do Evangelho.
Começo
ressaltando que a paternidade é muito mais do que simplesmente
transmitir material genético na geração de outro indivíduo.
Trata-se de um dom que o pai é convocado a viver, no seio da
família. Isto é, uma vocação e um chamado de Deus, colaborar com
o Seu plano da criação. Por isso, no segundo domingo do mês de
agosto, mês das vocações, celebramos o dia dos pais e iniciamos a
Semana Nacional da Família.
E,
que honra cabe aos pais serem chamados com o substantivo que Jesus
nos ensinou a chamar Deus, Abá, Pai, Paizinho. Mas, também que
responsabilidade serem para seus filhos a primeira imagem que eles
farão de Deus.
A
figura do pai é tão importante no contexto familiar que Deus
desejou que seu Filho Jesus vindo ao mundo, tivesse um. José foi o
escolhido para assumir a paternidade do menino Deus.
A
sociedade de hoje dá pouco valor à família. É difícil ser um
verdadeiro pai num mundo de tantos contra valores, em que o amor
acaba sendo medido pelos bens materiais. Por isso, tenho falado com
muita insistência, os filhos precisam do conforto que os pais podem
proporcionar. Mas precisam também, e muito, de carinho, afeto, amor,
companheirismo, bom exemplo, correção e castigo, se merecido, como
nos diz o Livro do Eclesiástico:
“Aquele
que ama o seu filho, castiga-o com frequência, para que se alegre
com isso mais tarde! Aquele que dá ensinamentos a seu filho será
louvado por causa dele. E nele mesmo se gloriará entre os seus
amigos! Aquele que educa o filho torna o seu inimigo invejoso e entre
seus amigos será honrado por causa dele. O pai morre e é como se
não morresse, pois deixa depois de si um seu semelhante. Durante a
sua vida viu o seu filho e nele se alegrou; quando morrer não ficará
aflito. Não tem do que se envergonhar perante seus adversários.
Pois deixou em sua casa um defensor contra os inimigos. Alguém que
manifestará gratidão aos seus amigos. Aquele que estraga seus
filhos com mimos terá que lhes pensar as feridas”.
(Eclo 30,1-7)
O
Papa Francisco refletindo sobre a paternidade, ressaltou:
"A
ausência da figura paterna na vida das crianças e dos jovens pode
causar lacunas e feridas muito graves. Com efeito os desvios das
crianças e dos adolescentes em grande parte podem estar relacionados
com a carência de exemplos e de guias respeitáveis na sua vida de
todos os dias, com a falta de proximidade, com a carência de amor
por parte dos pais".
Se,
por um lado, o Papa chamou atenção para os efeitos maléficos da
ausência da paternidade, por outro indicou o quanto é essencial,
bela, insubstituível a presença do pais na formação dos filhos.
Ou seja, da família.
Que
Deus, por intercessão de São Jose, proteja e fortaleça todos os
pais.
Deus
abençoe,
Padre
Reginaldo Manzotti
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