Padre Reginaldo Manzotti (boletim informativo semanal de 25/09/2019)


Filhos e filhas, 

Pelas suas Chagas fomos curados, pela sua cruz fomos libertados.
Eterno Pai, eu Vos ofereço as Santas Chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo, as Santas Chagas da nossa redenção, para a nossa salvação e cura de nossas feridas.
Perceba filho, a profundidade dessa devoção: sobre o madeiro, Jesus levou nossos pecados, por isso ter um crucifixo dentro de casa não é idolatria, tanto que os santos quando passavam perto de um crucifixo beijavam as Santas Chagas.
Não por acaso que na Sexta-feira Santa, na Celebração da Paixão do Senhor, a Cruz é levantada por três vezes para ser adorada. Sim, eu não errei na palavra adoracion, e depois dessa apresentação à assembleia, o sacerdote se prostra no chão, para em seguida beijar as Santas Chagas do Crucificado.
O sentido não é adorar a cruz pela cruz, mas o madeiro onde esteve nosso Salvador, onde verteu Seu Sangue que nos purificou. Sobre o madeiro levou os nossos pecados, em Seu próprio corpo, a fim de que mortos para os nossos pecados, vivêssemos para a justiça.
Carregou os nossos pecados em Seu corpo sobre o madeiro para que, mortos aos nossos pecados, vivamos para a justiça. Por fim, por suas chagas fomos curados”. (Is 53,5) A profecia de Isaías é citada por São Pedro com seu cumprimento em Jesus Cristo. Na sua Cruz Cristo levou tudo que nos impedia da vida de filhos de Deus.
Apesar de nossa inclinação original para o pecado, sempre estará presente o ato redentor de Cristo e nas Suas Chagas podemos nos refugiar, colocando nas Suas Chagas as nossas chagas e vergonhas, como maravilhosamente definiu São Bernardo de Claraval, em um de seus sermões: “Onde encontrar repouso tranquilo e firme segurança para os fracos, a não ser nas Chagas do Salvador? Ali permaneço tanto mais seguro, quanto mais poderoso é Ele para salvar. O mundo agita, o corpo dificulta, o demônio arma ciladas; não caio, porque estou fundado sobre rocha firme. Pequei e pequei muito; a consciência abala-se, mas não se perturba, pois me lembro das Chagas do Senhor.”
Jesus poderia ter ressuscitado sem nenhuma marca, mas quis manter as marcas da crucificação. Como escreve Santo Agostinho: “Cristo transpassado por nós e pregado com os cravos sobre a cruz, descido da cruz e sepultado, é a nossa salvação. Ele ressuscitou do sepulcro, curado dos ferimentos e mantendo as cicatrizes”.
Ainda nos diz Santo Agostinho: “Jesus quis de fato ajudar seus discípulos ao manter suas cicatrizes, para curar nos seus corações as feridas da incredulidade”. E, Santo Ambrósio escreveu: “Quem duvida que seja verdadeiro o corpo carnal de Jesus, apresentado aos apóstolos para ser tocado, no qual permaneceram os sinais dos ferimentos e os traços das flagelações? Com isso não só nossa fé é fortalecida, mas se exalta também a devoção. Ele ao invés de apagar dos seus membros os ferimentos que recebeu por nós, quis levá-los ao céu para mostrar ao Pai o preço da nossa libertação. E é neste estado que o Pai o entroniza à sua direita, enaltecendo o troféu da nossa salvação”. (340-397)
Por isso e muito mais que não me canso em propagar essa belíssima devoção de Jesus das Santas Chagas.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti

Padre Reginaldo Manzotti boletim informativo semanal(11de setembro)


Filhos e filhas, 


Nessa semana iremos celebrar duas festas litúrgicas: a Exaltação da Santa Cruz, dia 14/09 e Nossa Senhora das Dores, no próximo dia 15/09. Com essas duas celebrações, aprendemos a viver o sofrimento de uma forma santificante.

Diante da dor e do sofrimento, costumamos questionar a razão de estarmos enfrentando tamanha adversidade. A nossa vida é feita de muitos “por quês”. Por que esta doença? Por que minha melhor amiga se matou? Por que meu filho nasceu com esta doença? Por que eu? Por que comigo?

Filhos e filhas, aqui proponho a não focarmos nestes “por quês”. Verdade que a aridez espiritual, fruto do sofrimento, é terrível, mas ela começa dentro do nosso coração. Então, como fazer para lidar com a dor e o sofrimento? Contemplando a Cruz de Cristo para, ao contemplá-la, mergulharmos neste entendimento da dor e do sofrimento.

Ao olharmos para o sofrimento de Jesus na Cruz, somos chamados a contemplar também a nossa dor. Tem gente que gosta de se “vitimizar”. Gostar da dor é considerado uma patologia, uma doença. E existem pessoas que caminham pela vida como se gostassem de sofrer. Cuidado! A medicina e a ciência se empenham em minimizar nossas dores. No entanto, elas até conseguem minimizar, mas tirá-las totalmente jamais.

Saiba que a dor é pedagógica. Ela nos ensina. Todos querem seguir ao Senhor Glorioso. Poucos são aqueles que querem seguir ao Senhor Crucificado. Diante de uma dor, nossa primeira reação é a de negar este sofrimento. E, logo em seguida, o segundo passo é o do “por quê”. Os nossos “por quês” devem nos levar ao “para que”. É preciso descobrir, dentro deste mistério que é o sofrimento humano, a razão pela qual enfrentamos determinada dor. É preciso aceitar a dor. Mas não de uma forma passiva.

Jesus assumiu a nossa condição humana em tudo, exceto no pecado. E em Cristo conseguimos redimensionar esta experiência dolorosa do sofrimento na própria vida. O sofrimento nos amadurece. Diante do sofrimento somos trabalhados por Deus em nos abrirmos ao próximo. Jesus era tão humano, tão humano, que não media esforços para ajudar as pessoas.

Meus irmãos, precisamos ser mais humanos! Quantos casamentos não teriam terminado, quantos relacionamentos entre pais e filhos não estariam em crise, se estivéssemos mais atentos às fragilidades dos outros. E isto se adquire como um fruto que vem da contemplação de Cristo na Cruz. A liberdade mal-usada provoca dor, sofrimento.

Existem muitas coisas em nossas vidas que ficarão sem respostas. Morreremos sem saber e entender os tais “por quês”! Por isso, o importante é o “para que” deste sofrimento.

Jesus passou pelo Calvário e a gente se pergunta: “Para que Jesus morreu na Cruz?” Ele morreu para revelar esta verdade: o Pai nos ama!

Por isso, filhos e filhas, aprendamos com a dor. E uma forma é redimensioná-la. E como fazer isso? Existem muitas formas, mas a melhor forma de redimensionar uma dor é entregando-se por amor aos irmãos. A dor santifica. A cruz liberta.

Deus abençoe,

Padre Reginaldo Manzotti


Pe. Reginaldo Manzotti | Boletim Informativo - 04 de setembro


Pe. Reginaldo Manzotti | Boletim Informativo - 04 de setembro

Filhos e filhas, 

Todos os dias do ano deveriam ser Dia da Bíblia. Ela é a nossa Cartilha de Oração. A Palavra de Deus é lâmpada para nossos pés e luz para nossos caminhos (cf. Sl 118,105).
Mas, o mês de setembro é dedicado à Bíblia por celebrarmos São Jerônimo, o grande biblista que a traduziu dos originais em hebraico e grego para o latim. Mais do que ser um livro histórico, a Bíblia é portadora da mensagem de Deus. É por excelência um livro de anúncio, de revelação do amor de Deus.
Escrita por mãos humanas, seus autores contaram com a intervenção do Espírito Santo, que inspirou sua redação dando-lhes a capacidade de registrar aquilo que era a vontade de Deus. Portanto, são textos escritos por mãos humanas que trazem a verdade de Deus.
A Palavra de Deus não é uma letra morta. É viva. Por isso, a cada tempo traz um novo significado, embora o conteúdo seja o mesmo, como diz São Paulo: “Tudo o que se escreveu no passado foi para o nosso ensinamento que foi escrito, a fim de que, pela perseverança e consolação, que nos dão as Escrituras, tenhamos esperança” (Rm 15,4).
É Deus falando aos homens, na linguagem dos homens. Como em todos os anos, procuro escrever destacando a importância de se ler, meditar e viver a Palavra de Deus. Nunca é demais relembrar e praticar.
A Bíblia é dividida em duas partes: Antigo Testamento e Novo Testamento. É formada por 73 livros, dos quais 46 pertencem ao conjunto de livros do Antigo Testamento e 27 ao do Novo Testamento.
Para manusear a Bíblia, devemos saber o que são capítulos e versículos, estrutura que nos auxilia na localização das leituras. Os primeiros são as divisões que encontramos num mesmo livro da Bíblia, identificados por um algarismo grande. Os versículos são as divisões dentro dos capítulos e correspondem aos algarismos pequenos, dispostos no corpo dos textos bíblicos.
A Bíblia também possuiu uma forma abreviada para o nome de cada livro e uma pontuação que permite manuseá-la com maior facilidade.
A vírgula, por exemplo, serve para separar o capítulo do versículo: Jo 3,16 (Evangelho de João, capítulo 3, versículo 16). O hífen indica a abrangência de um versículo até o outro: IIRs 5,9-19 (Segundo Livro dos Reis, capítulo 5, versículos de 9 até 19). O ponto serve para mostrar que os versículos são alternados: Rm 5,12.17.19 (Carta aos Romanos, capítulo 5, versículo 12, versículo 17 e versículo 19). A letra “s” significa seguinte, indicando que o texto continua no versículo seguinte: 1Pd 2,2-5.9s (Primeira Carta de São Pedro, capítulo 2, versículos de 2 até 5, versículo 9 e 10). Por último, a presença de dois “ss” mostra que a continuação do texto prossegue nos dois versículos seguintes: Jr 31,31ss (Livro do Profeta Jeremias, capítulo 31, versículos 31, 32 e 33).
Vale lembrar que a leitura da Bíblia tem que ser meditada e entendida, por isso escolha um momento propício, iniciando com uma oração invocando o Espírito Santo. Sugiro esta:
Meu Senhor e meu Pai!
Envia Teu Santo Espírito para que eu
compreenda e acolha Tua Santa Palavra!
Que eu Te conheça e Te faça conhecer,
Te ame e Te faça amar, Te sirva e Te faça
servir, Te louve e Te faça ser louvado por
todas as criaturas.
Faz, oh Pai, que, pela leitura da Palavra,
os pecadores se convertam, os justos
perseverem na Graça e todos consigamos
a vida eterna.
Amém.
Dai-nos, Senhor, mais amor à Tua Palavra. Amém.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti

Oração do Cerco de Jericó


No dia 29/08 e 02/09, o grupo da Associação de São José realizou no período de 12:00h ás 15:00h e das 18:00h ás 21:00 consecutivamente, na capelinha do Centro Paroquial orações do Cerco de Jericó, instituído pela Paroquia de São Francisco das Chagas através do Nosso Pároco Frei James, durante sete dias, que teve inicio no dia 28/08 com a celebração da Santa Missa e finalizará no dia 04/09.

Esses momentos, através das orações, tem a finalidade de reunir todos os grupos e comunidades urbanas que fazem parte da paroquia com o intuito de revitalizar a espiritualidade e também preparar todos, mediante ao Santíssimo Sacramento, que está exposto, para a comunhão na realização de um festejo celebrativo e, acima de tudo espiritual, além de uma grande confraternização dos paroquianos.

Nos momentos de orações em que ficamos responsáveis, colocamo-nos diante de Jesus presente no Santíssimo Sacramento, e confiantes no poder da oração pedimos que Ele derrube as muralhas que nos impedem de tomarmos posse de uma vida mais santa e feliz, além de pedirmos através de orações ao Divino Espírito Santo inspiração de Deus e a presença Dele para que purifique as nossas intenções e mostre-nos o caminho para a santificação, e também pedimos mais vocações religiosas e perseverança na  vida de nossos sacerdotes.