Filhos e filhas,
No
próximo sábado, dia 11 de julho, celebramos São Bento, Abade. E no
programa Experiência de Deus desta quarta-feira, dia 08, sugeri um
artigo de minha autoria sobre São Bento para uma ouvinte que
partilhava como sua família está em desarmonia, chegando ao ponto
de um desejar a morte do outro.
Com
ela refletia que muitas vezes deixamos brechas em nossa vida, em
nosso lar, para o Inimigo agir e como essa partilha tocou muitas
pessoas, resolvi também aqui colocar o artigo com a oração de São
Bento.
São
Bento foi um homem que lutou bravamente contra o mal. Ele é o
fundador da ordem dos beneditinos, que tem como lema “Ora et
Labora“, ou seja, “Reza e Trabalha”.
São
Gregório, no livro dos Diálogos, descreve São Bento como um homem
que recebeu o dom da sabedoria desde sua mais tenra idade e insiste
sobre um carisma que era peculiar a Bento: o discernimento dos
espíritos.
Durante
sua vida, utilizando-se de seu dom do discernimento, São Bento
encontrou três brechas por onde o Inimigo pode entrar em nosso
coração, lugares de maior fragilidade humana e espiritual. É
nestas brechas que precisamos de mais vigilância. Como uma casa
assolada por goteiras, à primeira vista não são encontradas
rachaduras, mas basta uma chuvinha para que o inconveniente se
manifeste.
Primeira
brecha: A COBIÇA
É
a idolatria das coisas. Por exemplo, fazer do dinheiro um deus. É o
apego às coisas da terra. São Bento coloca como símbolo desta
brecha o porco, pois seu focinho está sempre ligado ao chão. Nesta
brecha, a luta acontece na reorientação dos desejos. É preciso
conquistar uma atitude de oblação, de generosidade e desapego.
Segunda
brecha: A VAIDADE
É
a idolatria do outro como objeto de prazer. É a necessidade de ser
reconhecido e amado distorcida, pois esquece da relação de
fraternidade com o próximo e pensa apenas em si mesmo. É fazer tudo
só pelo interesse de ocupar o primeiro lugar, ser bem visto pelos
outros, elogiado, ter status, ser admirado. Aqui São Bento usa o
símbolo do Pavão. É preciso reorientar esta necessidade natural e
boa de ser reconhecido e amado. É dizer com sua vida e todo o seu
coração: “Senhor, vosso é o Reino, o Poder e a Glória. Se na
primeira brecha, a atitude de desapego era uma garantia de vitória,
nesta segunda brecha é necessário perseguir a atitude da
solidariedade, do diálogo, da comunhão com Deus e com próximo.
Para isso são fundamentais a mansidão e a simplicidade.
Terceira
brecha: O ORGULHO
É
querer dominar tudo para si. Ser um verdadeiro deus. É a idolatria
de “si mesmo”. Aqui São Bento ilustra com o símbolo da águia.
O orgulho é a origem de todos os pecados. É pelo orgulho que o
homem se separa de Deus e procura sua independência. É necessário
perseguir a virtude da humildade. Na luta espiritual, às vezes Deus
nos dá a graça da humilhação como uma espécie de exercício para
crescermos na humildade e vencermos a brecha do orgulho.
As
lições de São Bento são muito atuais, uma vez que somos tentados
todos os dias. Muitos se deixam levar por uma falsa neutralidade,
acreditando ser possível “manter-se em cima do muro”, mas a
verdade é que ou estamos trabalhando para o Reino de Deus, ou
estamos a serviço do reino de Satanás. Que São Bento nos ajude
nesse combate contra o mal.
Rezemos
juntos:
A
Cruz Sagrada seja a minha luz, não seja o dragão meu guia.
Retira-te
satanás!
Nunca
me aconselhes coisas vãs.
É
mau o que tu me ofereces, bebe tu mesmo o teu veneno!
Deus
abençoe,
Padre
Reginaldo Manzotti
Nenhum comentário:
Postar um comentário