Filhos e filhas,
Dia
13 de junho, a Igreja celebra um dos santos mais populares do Brasil e do
mundo, Santo Antônio. Eu, particularmente, tenho um carinho muito grande por
este santo. Minha família tem uma grande devoção a Santo Antônio, é nosso
grande protetor, meu pai era homônimo do santo e tenho um irmão com o mesmo
nome.
Santo
Antônio nasceu em Portugal e morreu na Itália, por isso é conhecido tanto como
“de Lisboa”, como “de Pádua”. Em Coimbra foi ordenado sacerdote agostiniano, e
já possuía o dom da palavra e força na pregação. Na mesma cidade viu os corpos
de 5 franciscanos martirizados, no Marrocos, por anunciarem o Evangelho e se
sentiu profundamente tocado, a ponto de pedir para ingressar na ordem.
Já
franciscano, pediu para ser missionário no Marrocos, mas durante a viagem ficou
muito doente e foi obrigado a voltar. Na viagem de volta, o barco onde estava
foi atingido por uma forte tempestade que desviou a rota, e foi parar na
Itália, em Pádua, onde até hoje estão depositadas as relíquias do Santo, a
língua e a faringe com as cordas vocais.
Santo
Antônio era um exímio pregador, ele falava com tanto carinho de Jesus que o
Mesmo lhe aparece nos braços acariciando Antônio e dizendo: “Quem dera se todos falassem tão
bem de mim quanto você, os corações me amariam mais”.
Devido
a sua popularidade, Santo Antônio tem o seu lado folclórico, tanto que ele é
conhecido como santo casamenteiro, isso porque Antônio era um homem preocupado
com os dotes das moças, lembremos que naquela época, uma mulher sem dote não
podia casar, o que não era apropriado, a mulher ou casava ou ingressava em um
convento. Santo Antônio, então, zelava pela integridade da mulher e as ajudava
quando precisavam.
Aliás,
me permita fazer uma recomendação sobre esse assunto. No meu Istagram, no dia
dos namorados, postei uma reflexão sobre o amor para todas as pessoas em
diversos estados de vida, namorados, casados, solteiros e viúvos. Vale a pena
amar? Vou deixar como curiosidade para você ler lá no Instagram. Voltemos para
Santo Antônio...
Santo
Antônio era também um homem preocupado com os necessitados. Podemos dizer que
ele foi o homem da partilha, tanto que é tradição em muitos lugares, no dia de
Santo Antônio, abençoar os pães que devem ser partilhados entre os familiares e
amigos, pois esse grande Santo nos ensina que a vida deve ser uma partilha e
aqueles que não sabem partilhar, não sabem viver.
Isso
podemos aprender de Antônio com um fato curioso. Certa vez, distribuiu aos
pobres todo o pão do convento. O frade padeiro ficou em apuros quando, na hora
da refeição, percebeu que os frades não tinham o que comer. Surpreso, foi
contar ao Santo o ocorrido. Este mandou que verificasse novamente o lugar em
que os tinha deixado. O frade padeiro voltou maravilhado, os cestos
transbordavam de pão, tanto que foram distribuídos aos frades do convento e aos
pobres.
Aprendamos,
filhos e filhas, com esse grande Santo, o dom a partilha. Aprendamos com ele a
viver a prece:
“Dai pão
a quem tem fome e fome de justiça a quem tem pão”.
Que
sejamos livres do egoísmo e do individualismo, estando sempre abertos ao
diálogo e ao próximo.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo
Manzotti