Momento especial para o Grupo da Associação de São José, da Paroquia de São Francisco das Chagas: A presença das relíquias dos Pastorinhos de Fátima-Portugal

 

   No dia 13 de Novembro de 2024, chegou na paroquia de São Francisco das Chagas, aqui em Bacabal-Ma, as relíquias de São Francisco Marto e de Santa Jacinta Marto, pastorinhos que viram Nossa Senhora de Fátima em Portugal. O nosso grupo, Associação de São José, ficou responsável pelo momento de oração no período de 16:00h a 16:30h. Tivemos a participação de alguns membros associados. Foi um momento muito especial para os presentes. Iniciamos o nosso momento com o canto “A Nós descei Divina Luz”, logo em seguida, fizemos a oração a Nossa Senhora de Fátima, seguido pela suplica aos pastorinhos, pedindo mais vocações sacerdotais e religiosas, pelas famílias, por leigos comprometidos com os trabalhos da igreja, pela conversão dos pecadores e pela paz. Depois desse momento rezamos o terço de São José, enfatizando mais uma vez o pedido ao compromisso e missão do sacerdote. Depois da oração do terço foi cantado “São José meu protetor” e em seguida cantamos “Maria do Sim”. Concluímos com a oração “Benção de São José”. Aproveitamos os minutos finais para fazermos um momento de oração diante das relíquias e da Imagem de Nossa Senhoria de Fátima, logo após tiramos algumas fotos para registrar esse momento tão especial e único para todos nós.

 

Pe. Reginaldo Manzotti | Boletim Informativo - 13 de novembro

 

Filhos e filhas,

Já estamos em meados de novembro, mais um final do ano chegando e a Igreja Católica dedica esse mês a uma reflexão sobre a santidade. Todos nós somos chamados a ser santos, é bíblico: “Sedes santos, como vosso Pai é Santo!” (Mt 5,48). E como ser santo? Seguindo nosso maior exemplo de santidade: Jesus Cristo.

Disse Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6a). Ao colocar essas afirmações, Ele consegue condensar, sintetizar o processo de santificação, de humanização, de divinização e de cura. Ele mostra como pode fazer um processo de cura do homem todo e todo homem, porque a grande meta de Jesus é que todos sejamos perdoados, regenerados e inteiramente curados Nele.

Jesus se diz o caminho, que implica para todos nós cristãos, para todos aqueles que de fato querem chegar ao Pai, uma porta estreita, difícil de passar (cf. Jo 10,9). Ninguém vai ao Pai se não passar por Jesus e, para passar por Jesus, é necessário entender sua proposta.

O caminho significa seguir os Seus passos, assumir as consequências do discipulado. O caminho que significa resignação, esvaziamento, obediência a Deus, o caminho que significa aceitar a perseguição, o caminho que é carregar a cruz, o caminho que é Jesus Cristo.

Nós encontramos a verdade nos ensinamentos de Jesus Cristo, nas suas ações, na sua forma de agir. A verdade que é colocada diante de cada um de nós, de mim a cada dia nestes quase 30 anos de sacerdócio, de você cristão e que está diante de nós para que não erremos nas nossas opções e decisões, a verdade que é Jesus. A verdade que não nos deixa recuar, que nos faz caminhar certo.

Eu sou a vida”, disse Jesus. Quando se perde a vida plena de Deus somos prisioneiros de nossas paixões. A vida que Deus nos propõe em Jesus Cristo, nos faz livres, mais donos de nós mesmos. A vida em Cristo é liberdade diante de nossos próprios apetites, de nossas próprias paixões e de nossos próprios vícios. É a liberdade de escolhas que o Apóstolo Paulo ilustrou muito bem ao dizer: “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma” (1Cor 6,12). Por isso é um caminho de santificação e humanização.

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, são três palavras que nós não deveríamos escrever, mas tatuar em nossos corações, tatuar em nossa mente, tatuar em nossa alma. Desculpe a palavra tatuar, mas é a que eu acredito que seja mais oportuna.

O Apóstolo Felipe foi aquele que, como nós, às vezes temos dificuldades e pedimos: “Mostra-nos o Pai” (cf. 14,8). Um pedido até inocente e, estaria tudo certo se, a resposta de Jesus não fosse: “Ninguém vai ao Pai, senão por mim” (Jo 14,6b). Repito, Ele é a porta estreita que temos que atravessar. Felipe representa exatamente a nossa busca de Deus sem Jesus, do Criador sem o Redentor, do Todo-Poderoso sem a encarnação. Por isso, Felipe representa um pouco de cada um de nós, na nossa limitação de fé.

Se estamos buscando a santidade, temos que nos perguntar: o caminho, a verdade e a vida são para nós realmente um modelo de discipulado e de vida?

Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação (1Ts 4,3). Que Ele, em Jesus, com a intercessão de todos os santos, nos ajude a buscar e viver a santidade.

Deus abençoe,

Padre Reginaldo Manzotti

Padre Reginaldo Manzotti boletim informativo semanal

 

Filhos e filhas,

Já passamos a data de Finados e já podemos ver decorações natalinas ao nosso redor. Acho válido e indico decorar, ou pelo menos ter um enfeite de Natal em sua casa. É o externo nos recordando que estamos em um tempo especial.

Como Padre, não posso deixar de lembrar que devemos preparar a nossa alma para revivermos o mistério do Natal. E nada melhor para nos prepararmos do que uma boa Confissão. O Sacramento da Reconciliação é um convite a fazer a experiência da misericórdia pelo perdão, por intermédio do sacerdote que age em nome de Deus e da Igreja.

Nosso Senhor Jesus Cristo, sabendo de nossas fraquezas, instituiu o Sacramento da Confissão e escolheu seus representantes, dando-lhes o poder de perdoar os pecados em Seu nome, como ensina São João: "Soprando sobre eles, dizendo-lhes: 'Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos'" (Jo 20, 22b-23).

Jesus já havia dito em outra ocasião: "Tudo quanto ligardes na terra será ligado no céu, e tudo quanto desligardes na terra será desligado também no céu" (Mt 18, 18). Sendo assim, o sacerdote não age em seu nome, mas com a autoridade concedida por Jesus. Ou seja, mesmo sendo uma pessoa sujeita ao pecado, como todas as outras, ele atua em nome de Deus e da Igreja para absolver os pecados. É instrumento do perdão de Deus, e o fato de também possuir fraquezas o faz compreender a conduta humana e sua inclinação ao pecado, não se colocando na posição de juiz intransigente. Vale mencionar ainda que, segundo o cânon 1388, o segredo de confissão é inviolável.

Costumo dizer que a confissão é um banho espiritual que lava a alma. Da mesma forma que é preciso tomar banho todos os dias para manter o corpo limpo, há a necessidade de confessar-se para garantir a limpeza espiritual. A confissão apaga completamente os pecados, mesmo os mortais, e concede a graça santificante. Aumenta os méritos diante do Criador e permite desenvolver todas as virtudes, além de proporcionar tranquilidade de consciência, alívio das mágoas e consolo espiritual.

Para realizar uma confissão adequada, são necessárias, pelo menos, cinco condições:

- Fazer um exame de consciência, que consiste em lembrar os pecados mortais cometidos desde a última confissão.  Para que seja caracterizado pecado mortal ou matéria grave (praticar ato que caracterize grande ofensa aos Mandamentos de Deus e da Igreja) é necessário:  conhecimento (estar ciente, saber que o ato a ser praticado é pecado); consentimento (ter tempo para refletir e, mesmo assim, cometer o pecado por livre e espontânea vontade); quando falta um só adjetivo a esses 3 requisitos, é pecado venial ou leve.

- Estar sinceramente arrependido por ter ofendido a Deus e ao próximo.

- Ter o firme propósito de não cometer mais o(s) erro(s), confiando no auxílio da graça de Deus.

- Confessar objetivamente os próprios pecados e não os dos outros.

- Cumprir a penitência que o confessor indicar.

Muitas pessoas, de fato, não sabem confessar e usam a seguinte fórmula: “Não matei, não roubei, o resto fiz tudo”. Não é tão simples assim, nada melhor do que examinarmos nossa consciência, baseando-nos nos Dez Mandamentos da Lei de Deus:

1º) “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças”;

2º) “Não pronunciarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão”;

3º) “Guardarás o domingo e dias santos de preceito”;

4º) “Honrarás pai e mãe”;

5º) “Não matarás”;

6º) “Não pecarás contra a castidade";

7º) “Não furtarás”;

8º) “Não levantarás falso testemunho”;

9º) “Não cobiçarás a mulher do próximo”;

10º) “Não cobiçarás as coisas alheias”.

Confesse seus pecados com a fé em Jesus Cristo. E lembre-se: “Se confessarmos nossos pecados, fiel e justo é Ele para perdoar-nos e purificar-nos de toda iniquidade" (1 João 1, 9).

Que o Espírito Santo ilumine e impulsione sempre à confissão. Amém.

Padre Reginaldo Manzotti